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A “dolarização” da Argentina: proposta de candidato divide opiniões

A Argentina enfrenta uma crise econômica com inflação persistente que ultrapassa os 100%, enquanto seu peso local continua a desvalorizar-se. Em meio a essa turbulência, o candidato à Presidência Javier Milei, com sua proposta de dolarização da economia, está agitando a política argentina.A questão da dolarização divide fortemente a opinião pública, com apoiadores alegando que é a solução para a inflação e detratores argumentando que é impraticável e prejudicial.

Milei, que disputa uma acirrada batalha com candidatos tradicionais da direita e da esquerda, promete acabar com o Banco Central argentino e adotar o dólar como moeda oficial. Essa medida, segundo ele, resolveria a inflação que atinge cerca de 115%, mas seus oponentes questionam a viabilidade dessa ideia, argumentando que ela comprometeria a capacidade do país de definir taxas de juros, controlar a quantidade de dinheiro em circulação e atuar como credor de última instância.

A dolarização não é uma ideia nova, e já foi implementada em vários países, muitas vezes substituindo a moeda local por dólares a uma taxa de câmbio fixa. No entanto, a Argentina já teve uma experiência anterior com essa abordagem nos anos 90, quando o país atrelou seu peso ao dólar sob as políticas econômicas do presidente Carlos Menem. No entanto, essa vinculação foi desfeita após uma década, devido a uma crise econômica.

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Comparado a outros países da América Latina, a Argentina representaria o maior experimento de dolarização, com uma economia de 650 bilhões de dólares. O país é um importante exportador global de commodities como soja, milho e carne bovina, além de possuir vastas reservas de lítio metálico e recursos de gás de xisto e petróleo em Vaca Muerta. No entanto, muitos argentinos expressam preocupações sobre a perda da independência econômica e uma possível dependência excessiva dos Estados Unidos.

Pesquisas recentes mostram uma divisão na opinião pública, com mais pessoas se opondo à ideia, embora haja indícios de que o apoio esteja crescendo à medida que a inflação continua a subir. Os principais concorrentes de Milei na corrida presidencial, o ministro da Economia Sergio Massa e a ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich, rejeitam a dolarização, considerando-a impraticável.

Além disso, o governo argentino enfrenta o desafio de cumprir um programa de empréstimo de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que limita a formulação de políticas econômicas independentes. Milei inclusive discutiu a dolarização com o FMI em agosto, tornando essa proposta uma questão central nas negociações.

De acordo com dados oficiais amplamente citados, os argentinos possuem até 371 bilhões de dólares em ativos, muitos deles mantidos fora do sistema financeiro local, refletindo décadas de desconfiança na moeda local e minando a economia doméstica.

 

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