Semana promete trazer importantes divulgações que moldarão os próximos passos da política monetária brasileira. Sobretudo, após o recente corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic. Além da sinalização de mais reduções nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Semana promete ser intensa
Na terça-feira (26), o Banco Central publicará a ata do Copom, seguida pelo Relatório Trimestral de Inflação na quinta-feira (28). Analistas de mercado estão atentos a esses documentos em busca de análises sobre o impacto das taxas de juros mais altas no cenário global e o grau de ociosidade na atividade doméstica, entre outros fatores cruciais.
Além disso, na mesma terça-feira, teremos a divulgação do IPCA-15 de setembro, um importante indicador de inflação. O Itaú prevê que o IPCA-15 acelere para 0,34%, impulsionado pelos preços administrados, em especial a gasolina devido aos aumentos da Petrobras.
Outro indicador relevante é o IGP-M de setembro, programado para quinta-feira. O banco espera um aumento mensal de 0,29%. A estimativa é de preços no atacado industrial refletindo os reajustes da Petrobras, enquanto os preços agrícolas devem apresentar alguma deflação.
Ainda na quinta-feira, serão divulgados dados do mercado de trabalho, incluindo o Caged e a Pnad Contínua. Espera-se um ritmo moderado de geração de empregos formais, bem como uma redução modesta da taxa de desemprego.
A semana também traz informações sobre o setor externo, mercado de crédito e contas fiscais em agosto. A XP estima déficits primários de R$ 24,3 bilhões para o governo central e R$ 24,1 bilhões para o setor público consolidado. Na esfera política, embora a agenda do Congresso da semana passada não tenha tido grandes avanços, a votação sobre medidas de aumento de receita foi suspensa temporariamente, mas discussões continuam.
O cenário internacional
Além disso, no cenário internacional, os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) podem fornecer pistas adicionais sobre a política monetária. Destaque para o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, na quinta-feira.
Na sexta-feira, a atenção se volta para a divulgação da leitura final do PIB do 2º trimestre nos Estados Unidos, bem como indicadores econômicos da zona do euro e China. A semana promete ser intensa e determinante para os rumos da economia global e brasileira.