Na sexta-feira (06/10), a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) debateu o futuro da produção de Hidrogênio Verde no Brasil e um projeto de lei que promete regularizar e impulsionar esta forma sustentável de energia no país. O evento, que aconteceu na Casa da Indústria, não foi apenas uma oportunidade para a Comissão Especial de Transição Energética e Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados compartilhar insights, mas também para revelar que a minuta do projeto será entregue na próxima semana.
Reunindo uma combinação de empresários e autoridades, o seminário, que contou com a liderança de Carlos Prado, 1º Vice-Presidente da FIEC, e o deputado federal Arnaldo Jardim, Presidente da Comissão, formou uma discussão sobre energias renováveis, com um foco intenso e específico no Hidrogênio Verde. As discussões contribuíram para a elaboração da versão final do documento legislativo, que tratará de pontos cruciais como a definição conceitual de hidrogênio verde e os incentivos para sua produção.
A escolha do Ceará para concluir as discussões da Comissão reflete os esforços significativos do empresariado local, do governo e dos parlamentares em promover investimentos em energias renováveis e em incentivar a criação de marcos regulatórios na área. Foi uma jornada que percorreu o Sul, o Norte e o Centro-Oeste do Brasil, e que encontrou no Ceará um lugar para sintetizar e homenagear os esforços realizados em prol de uma transição energética mais verde e sustentável.
Carlos Prado, em nome da FIEC, expressou a satisfação em acolher o evento, sublinhando como o Ceará tem emergido não apenas por causa dos incentivos oferecidos, mas devido às suas inatas condições naturais. Estas, ao longo dos anos, têm sido meticulosamente desenvolvidas, transformando o estado em um dos pontos mais atrativos globalmente para o sucesso da energia renovável e do Hidrogênio Verde. “O hidrogênio produzido no Ceará tem potencial para ser o mais barato do mundo”, disse ele, ressaltando que os sólidos investimentos são movidos pelo lucro que advém das condições oferecidas pelo Estado.
O Governador Elmano de Freitas, ao lado de outras autoridades, celebrou o anúncio do projeto de lei e defendeu veementemente a garantia das linhas de transmissão de energia e a prorrogação de benefícios tributários para investidores em energia eólica e solar. Foi destacado o momento histórico para o Ceará e a urgência de resolver algumas questões legais, que têm sido um ponto focal para os investidores interessados.
O seminário, embora centrado nas questões práticas e técnicas da produção de hidrogênio verde, também não negligenciou seu potencial de transformação social e econômica. A transição energética foi amplamente reconhecida como uma oportunidade não apenas de mudar a matriz energética do país, mas também de alterar substancialmente a vida das pessoas, colocando o Brasil na rota para se tornar a potência que, segundo Luís Viga, Presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde, ele nasceu para ser.
O seminário promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados contou com a participação de diversas personalidades notáveis. Jurandir Picanço, Consultor de Energia da FIEC, e Constantino Frate, Coordenador do Núcleo de Energia da mesma federação, estiveram presentes. Paulo André Holanda, atuante como Diretor Regional do SENAI Ceará e Superintendente Regional do SESI Ceará, também marcou sua presença, assim como os Deputados Estaduais Romeu Aldigueri, Osmar Baquit, Lia Gomes e Agenor Neto. A liderança do Complexo Industrial e Portuário do Pecém estava representada por seu presidente, Hugo Figueiredo, enquanto a Zona de Processamento de Exportação era representada por Eduardo Neves. Joaquim Rolim, Secretário Executivo da Indústria do Ceará, Sandra Monteiro, Secretária de Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará, e Carlos Alberto Mendes, Superintendente Estadual do Meio Ambiente, também prestigiaram o evento. José Amaury Gomes, Presidente da Comissão de Hidrogênio Verde da OAB/CE, também esteve entre os participantes.Ainda compareceram os Diretores da FIEC, Lauro Martins e Benildo Aguiar; o empresário Lauro Fiuza; o Diretor do Sindembalagens, Roberto Ramos; o Presidente do Siconpe, Dinalvo Diniz; e o Superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes.