A violência em Israel e na Palestina persiste no sexto dia, com contínuos bombardeios na Faixa de Gaza, lar de 2,3 milhões de palestinos. Autoridades locais relatam mais de 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos, com pelo menos 180 mil desabrigados. Segundo a emissora pública Kan, em Israel, já são 1.3 mil pessoas mortas.
Diversos meios de comunicação internacionais e algumas nações rotulam o grupo extremista, que governa a Faixa de Gaza, como uma organização terrorista. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu ao ataque como um ato terrorista, mas não estendeu essa definição ao próprio Hamas. Essa postura segue a política adotada pelo governo brasileiro.
O Palácio do Itamaraty emitiu um comunicado na quinta-feira (12), esclarecendo que o Brasil segue as avaliações do Conselho de Segurança da ONU ao designar grupos como terroristas. De acordo com a Carta da ONU, o Conselho de Segurança é o órgão responsável por manter a paz internacional.
No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores reafirmou que, “em conformidade com os princípios das relações internacionais estabelecidos no Artigo 4º da Constituição, o Brasil condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações”.
Porém, países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão, membros da União Europeia e outras nações classificam o Hamas como uma organização terrorista. Por outro lado, a maioria dos países-membros da ONU, incluindo o Brasil, opta por uma posição neutra. Dessa forma, atuando como mediador de conflitos e protegendo seus cidadãos em áreas de conflito.
Um grupo de deputados da oposição pediu recentemente ao Ministério das Relações Exteriores que reveja a classificação brasileira do Hamas como grupo terrorista.