Banco Central monitora conflito em Israel às vésperas do Copom

Banco Central realiza cortes na Selic
Foto: Antônio Cruz/Banco Central

O Banco Central do Brasil (BC) está atento ao conflito em Israel, a menos de três semanas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O diretor do BC para Política Monetária, Gabriel Galípolo, enfatizou o acompanhamento da cotação do petróleo e do desempenho do câmbio.

As preocupações do BC se concentram em uma possível escalada regional do conflito no Oriente Médio, embora este cenário não seja o mais provável no momento. Galípolo observou que, apesar da inflação benigna no Brasil, existem desafios vindos do exterior, incluindo o aumento das taxas dos títulos americanos.

O diretor do BC ressaltou o patamar das Treasuries nos Estados Unidos, pontuando o ritmo de aumento das taxas e a diferença entre as taxas de curto e longo prazo na maior economia do mundo. “Quando os EUA começam a pagar 4,60%, 4,70% de taxa, a situação para os mercados emergentes se complica”, afirmou Galípolo.

Atualmente, as Treasuries dos EUA parecem representar uma ameaça maior para a próxima decisão do Copom do que o conflito em Israel. A diferença de juros entre os EUA e o Brasil está diminuindo, o que desencoraja o investimento estrangeiro no país e enfraquece a moeda brasileira, tornando a inflação uma preocupação. Rafael Passos, da Ajax Capital, sugere que o Copom pode optar por cortes mais tímidos na taxa Selic, mesmo diante de uma inflação relativamente benigna no Brasil. A próxima reunião do Copom está agendada para 31 de outubro e 1º de novembro.

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