Os assessores econômicos ligados ao candidato libertário argentino, Javier Milei, revelaram em discussões confidenciais com especialistas econômicos brasileiros que a possível dolarização poderia desencadear uma recessão na Argentina, conforme apurado pela CNN. Embora reconheçam o alto custo social, a equipe de Milei vê na dolarização a única forma de combater uma inflação que poderia alcançar 200% até o final do ano. Durante essas conversas, surgiram divergências entre os assessores de Milei sobre a implementação da dolarização, questionando se ela ocorreria logo no início de um possível segundo mandato ou mais tarde, no segundo ou terceiro ano. As autoridades brasileiras envolvidas nessas discussões técnicas informais também estão divididas, alguns defendendo a necessidade de um choque na economia argentina, enquanto outros acreditam que o país não suportaria o custo social de uma recessão severa.
De acordo com fontes internas, uma recessão de tal magnitude poderia desencadear protestos na Argentina e criar uma instabilidade política significativa. Dada a incapacidade da Argentina de emitir dólares e a falta de reservas suficientes, a dolarização resultaria em uma escassez de dinheiro em circulação, levando a um aumento expressivo das taxas de juros. Isso poderia controlar a inflação, mas também provocaria uma recessão profunda no país.