ENB: Como você avalia o atual cenário de arrecadação do Governo Federal?
MF: A situação é preocupante. O governo está contando com receitas de medidas não aprovadas pelo Congresso, o que já é um sinal de instabilidade. É essencial ter uma base sólida e realista para a arrecadação.
ENB: Quais são suas críticas às propostas fiscais atuais do governo?
MF: Minha principal crítica é a falta de equilíbrio. Há um foco excessivo em aumentar a arrecadação sem propor cortes de gastos equivalentes. Isso pode levar a um desequilíbrio fiscal insustentável.
ENB: Você mencionou que o orçamento de 2024 é um “grande blefe”?
MF: Claro. O orçamento parece desvinculado da realidade. Baseia-se em previsões otimistas de receita e ignora potenciais despesas, como as decorrentes de pandemias ou crises climáticas.
ENB: Qual sua visão sobre a projeção de déficit zero para 2024?
MF: É altamente improvável. Com a arrecadação em declínio e sem cortes significativos nos gastos, atingir um déficit zero parece mais um desejo do que uma realidade.
ENB: Como a queda na arrecadação afeta a economia?
MF: A queda na arrecadação impacta diretamente na capacidade do governo de investir em áreas cruciais como educação e saúde. É um ciclo vicioso que pode prejudicar o desenvolvimento econômico.
ENB: Em sua opinião, o governo está sendo transparente em suas políticas fiscais?
MF: Infelizmente, não. Há uma falta de clareza e abertura nas discussões sobre orçamento e arrecadação. Precisamos de mais transparência para entender onde estamos e para onde vamos.
ENB: Quais seriam as medidas ideais para melhorar a situação fiscal do país?
MF: É fundamental uma abordagem mais conservadora nas estimativas de receita e a implementação de cortes de gastos reais. Além disso, medidas para aumentar a eficiência na arrecadação são cruciais.
ENB: Qual seu conselho para os cidadãos em relação a essas questões fiscais?
MF: Os cidadãos devem se informar e participar das discussões fiscais. É importante entender como as políticas do governo afetam a economia e a vida de todos.