A Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com o governo estadual e a RioGaleão, lançou um fundo de R$ 270 milhões. Esse fundo visa revitalizar o setor aeroportuário na cidade. Os recursos são divididos entre aportes dos cofres municipais e estaduais, totalizando R$ 120 milhões, e R$ 150 milhões da RioGaleão. O objetivo principal é atrair mais companhias aéreas internacionais e promover o Rio como destino turístico global.
Após estudos detalhados, as três entidades desenvolveram esta parceria estratégica. Conforme explicou Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, a meta é transformar as companhias aéreas em promotoras do ‘destino Rio’. Assim, espera-se impulsionar o turismo e os negócios na cidade.
Incentivos e expectativas de crescimento
Além disso, o fundo oferece incentivos econômicos, como descontos tarifários para companhias operando no Galeão. Estima-se que a iniciativa crie 684 mil empregos e adicione R$ 50,6 bilhões ao PIB estadual em dez anos.
Por outro lado, o Aeroporto Santos Dumont teve seu limite anual de passageiros reduzido para 6,5 milhões. Esta medida do governo federal visa aumentar o movimento no Galeão, que viu redução de voos e passageiros devido à pandemia.
Alexandre Monteiro, presidente da RioGaleão, compartilhou planos ambiciosos para 2024. Eles incluem alcançar 14 milhões de passageiros, um aumento significativo. A RioGaleão, controlada pela Changi de Cingapura, pretende investir R$ 110 milhões para expandir o terminal. Em 2023, já foram investidos R$ 50 milhões, com R$ 15 milhões no último trimestre.
Desde que assumiu a concessão do Galeão em 2014, a RioGaleão enfrentou desafios. Chegou a pedir a devolução da administração do aeroporto em 2022, devido a desequilíbrios no contrato. Contudo, após mudanças governamentais e consultas ao TCU, a empresa optou por continuar a operação.
Finalmente, o prefeito Eduardo Paes destacou a necessidade de ajustar os contratos de concessão aeroportuária. Ele lembrou que a economia brasileira mudou significativamente desde as concessões iniciais. Adaptar esses contratos às novas realidades econômicas tornou-se essencial.