Nos últimos três anos, a Unilever, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, cresceu mais de 50% na divisão de alimentos, alcançando um crescimento anual médio de 15% desde 2021. Este avanço é resultado direto da reestruturação global da companhia, que dividiu as operações em cinco grandes unidades de negócios, incluindo a de Nutrição. No Brasil, esta unidade abrange marcas tradicionais como Hellmann’s, Knorr, Maizena, Mãe Terra e Arisco, todas buscando renovar o apelo junto ao público jovem.
Conexão com o público jovem
Rodrigo Visentini, líder da divisão de Nutrição da Unilever Brasil, destacou ao Bloomberg Línea a importância de se conectar com as novas gerações, mencionando o desafio de aumentar a penetração entre consumidores de vinte a trinta e poucos anos. A maionese Hellmann’s, por exemplo, dobrou de tamanho no Brasil no período, evidenciando o sucesso das estratégias adotadas.
A empresa adotou várias iniciativas para impulsionar o crescimento, incluindo parcerias com a NBA e festivais de música, além de patrocinar a turnê de 30 anos de Ivete Sangalo. Essas ações visam associar as marcas da Unilever à cultura pop, atraindo consumidores de todas as idades e classes sociais.
Além disso, a Unilever tem explorado novas ocasiões de consumo e lançado produtos inovadores, como a linha de maioneses saborizadas e premium Supreme. A empresa também tem investido em um canal próprio de vendas, a hamburgueria Hellmann’s dark kitchen, para testar novos produtos e obter feedback direto dos consumidores.
Expansão de marcas
A estratégia de crescimento se estende a outras marcas. A Mãe Terra está empenhada em se tornar líder de mercado em snacks saudáveis. Paralelamente, Maizena celebra 150 anos e introduz novas iniciativas voltadas para o público jovem. Por outro lado, Knorr, uma das marcas mais antigas da empresa, respondeu às preocupações dos consumidores com a saúde. Ela fez isso lançando uma versão sem sal de seu caldo.
Visentini ressaltou a importância de usar dados para orientar estratégias e tomar decisões rápidas sobre novos produtos. A redução do portfólio de alimentos em um terço nos últimos três anos não apenas simplificou as operações, mas também contribuiu para o crescimento sustentável.