A Nike anunciou planos de demitir cerca de 1.700 funcionários, aproximadamente 2% da força de trabalho no mundo, como parte de uma estratégia para reduzir custos em até US$ 2 bilhões. A decisão foi divulgada por um porta-voz da empresa na sexta-feira (16). Além disso, a empresa destacou a necessidade de dimensionar a organização para buscar oportunidades de crescimento.
Os cortes vêm em meio a uma revisão das projeções de receitas da Nike. A correção ocorreu em dezembro, quando a empresa reconheceu o impacto das mudanças nos padrões de consumo. Atualmente, os consumidores estão direcionando gastos para necessidades básicas e experiências, como shows e viagens. Sendo assim, as vendas de produtos discricionários, incluindo calçados esportivos e roupas, diminuíram.
Além disso, a Nike enfrenta pressão concorrencial de marcas emergentes, como Hoka e On Cloud. O diretor financeiro da empresa, Matt Friend, observou que a perspectiva financeira menos otimista reflete um comportamento mais cauteloso do consumidor, juntamente com desafios específicos na China e na Europa.
A China, com consumidores mais cautelosos e desafios econômicos, enfrenta uma crise imobiliária e exportações mais fracas. Já a Europa, embora tenha evitado uma recessão por uma pequena margem no final de 2023, continua enfrentando dificuldades. A Alemanha, a maior economia da região, registrou a primeira contração desde o início da pandemia de Covid-19 no ano passado.
Com esses desafios em mente, a Nike está buscando eficiências internas para se adaptar ao ambiente de mercado em constante mudança, com foco em sustentar a posição e garantir crescimento futuro.