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Bancos brasileiros perdem R$ 5 bi em receita de tarifa

BC autoriza reestruturação do Itaú com cisão do BBA
(Foto: Divulgação/Itaú).

Os cinco principais bancos do Brasil, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander, registraram receitas de R$ 28,343 bilhões em 2023 com tarifas de serviços de conta corrente. Esse montante é menor em cerca de R$ 1 bilhão em comparação a 2022 e reduziu R$ 5 bilhões se confrontado aos R$ 33,352 bilhões arrecadados em 2019. A diminuição das receitas é atribuída ao impacto do Pix, ao aumento da concorrência com os bancos digitais, à maior transparência nas cobranças e ao crescimento da conscientização dos clientes sobre as tarifas bancárias.

Essa redução das receitas ocorre mesmo frente ao aumento de 27,2% na base de clientes dessas instituições, que alcançou 410,7 milhões ao fim do último ano. A perda financeira se acentua ao considerar a inflação, indicando uma diminuição real superior a R$ 14 bilhões, uma vez que, ajustada pelo IPCA, a receita deveria ter sido de R$ 42,6 bilhões.

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No que tange ao faturamento total com tarifas, que inclui diversas categorias como seguros e cartões, a parcela proveniente das contas correntes diminuiu de 19,7% em 2019 para 15,5% em 2023. Essa queda é explicada pela competitividade com fintechs, que frequentemente isentam clientes de tarifas para serviços de conta corrente, e pela popularização do Pix, que diminuiu as receitas provenientes de TEDs e DOCs, além de mudanças como o open finance.

A análise individual dos bancos mostra que Itaú e Bradesco enfrentaram quedas contínuas em suas receitas nessa área em 2023, ao passo que Banco do Brasil, Santander e Caixa exibiram sinais de estabilidade ou ligeira melhoria. Dentre esses, a Caixa apresentou a maior retração no período analisado.

José Daronco, analista da Suno Research, sinaliza que a competição das fintechs e o desenvolvimento do Pix são as principais razões para o declínio nas receitas, com os bancos se adaptando através da redução ou isenção de tarifas.

De acordo com Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, diferenças entre os bancos podem ser decorrentes da maior presença de clientes corporativos em algumas instituições, que são menos afetados pelas ofertas de contas gratuitas das fintechs. Ele antecipa que, embora a tendência de queda das receitas continue, o maior impacto já ocorreu.

O o especialista em serviços financeiros Gueitiro Genso enfatiza a estratégia do Banco Central de incentivar a concorrência desde 2013, permitindo que fintechs capturassem uma ampla base de clientes. No entanto, percebe que os bancos tradicionais também se adaptaram, aprimorando suas soluções digitais. Ele sugere que a completa gama de produtos dos bancos, a resistência de clientes mais antigos a mudanças e o valor percebido em serviços como agências físicas ainda proporcionam uma certa estabilidade às receitas de tarifas.

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