O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (20), uma nova redução da Selic, diminuindo a taxa de 11,25% para 10,75% ao ano. Este ajuste, de 0,5 ponto percentual, segue a linha das ações anteriores do colegiado, visando manter a inflação dentro da meta estabelecida.
Contexto Econômico e Decisões Anteriores
Antes deste último corte, a Selic já havia sido reduzida em cinco ocasiões consecutivas, iniciando em agosto de 2023, com a taxa passando de 13,75% ao ano para o atual patamar. O objetivo das sucessivas reduções, todas de 0,5 ponto percentual, é moderar o custo do crédito e estimular a atividade econômica, impactando positivamente os preços ao consumidor e ao produtor.
A Trajetória da Selic e Expectativas do Mercado
Desde janeiro de 2021, quando a Selic estava em 2%, até agosto de 2022, a taxa experimentou um ciclo de elevação, atingindo 13,75% após 12 aumentos consecutivos. Contudo, a partir de agosto de 2023, o Copom iniciou um ciclo de cortes, que resultou no atual nível da taxa, o mais baixo desde fevereiro de 2022. O mercado financeiro projeta que a Selic continue a cair ao longo de 2024, possivelmente alcançando 9% ao ano.
Impacto Econômico e Metas de Inflação
O Banco Central utiliza a taxa de juros como principal instrumento para conter a inflação, seguindo o sistema de metas. Atualmente, a meta de inflação para este ano é de 3%, com uma tolerância que varia entre 1,5% e 4,5%. Para os próximos anos, inclusive a partir de 2025, a meta continua sendo de 3%, dentro do mesmo intervalo de tolerância. As projeções do mercado para a inflação estão acima da meta central, com 3,79% para 2024 e 3,52% para 2025.
Perspectivas Futuras
Apesar das recentes reduções, existem incertezas sobre o ritmo futuro dos cortes da Selic e as diretrizes do Banco Central para o controle da inflação. A instituição já está focada nas metas de inflação para este ano e para o primeiro e segundo semestres de 2025, levando em conta que as alterações na Selic podem demorar de seis a 18 meses para refletir plenamente na economia.