Submarinos desempenham um papel vital na segurança e monitoramento das fronteiras marítimas. No Brasil, a frota submarina da Marinha é essencial devido à extensa costa e à dependência do comércio marítimo e da exploração de petróleo. A frota consiste em uma mistura de tecnologia e capacidade operacional, com esforços contínuos para modernização e expansão. A colaboração com a França é um exemplo dessa evolução, trazendo novos submarinos para a frota brasileira e melhorando a capacidade de vigilância e proteção das águas territoriais do país.
O mais recente submarino da Marinha do Brasil, o Tonelero, foi lançado ao mar no final de março, fruto da colaboração com a França. A cerimônia de lançamento teve a participação dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron. Este submarino se junta a quatro outros em operação. Confira quais são:
Tupi e Tikuna
Estes dois submarinos, ambos do modelo IKL-209, apresentam características técnicas notáveis. Com 1.400 toneladas, são capazes de mergulhar até 250 metros e atingir velocidades de 11 nós na superfície e 21,5 nós submersos. O Tupi, construído na Alemanha, foi incorporado à Marinha do Brasil em 1988, enquanto o Tikuna, construído no Brasil, representa um avanço na capacidade de produção naval nacional.
Riachuelo
Lançado como parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), o Riachuelo pesa 1.870 toneladas e tem um comprimento de 72 metros. Com capacidade para uma tripulação de até 41 militares, este submarino pode permanecer submerso por mais de 70 dias, alcançando uma profundidade de 250 metros.
Humaitá
Entregue em janeiro de 2024, o Humaitá é o segundo submarino oriundo do PROSUB. Com 71 metros de comprimento, alcança profundidades de até 300 metros e pode operar submerso por cinco dias. Sua velocidade pode chegar a 37 km/h com uma capacidade para 35 tripulantes.
Tonelero
O mais recente acréscimo à frota, o Tonelero, tem 71 metros de comprimento e um deslocamento de 1.870 toneladas. Pode alcançar profundidades superiores a 250 metros. Agora em fase de testes, este submarino evidencia o compromisso contínuo do Brasil com a modernização e expansão de sua capacidade de defesa submarina.
O PROSUB, iniciativa conjunta entre Brasil e França desde 2008, com um orçamento aproximado de R$ 40 bilhões, é fundamental nesta expansão. O Brasil não apenas aumentará sua frota com a incorporação futura do Angostura em 2025, mas também planeja lançar o primeiro submarino com propulsão nuclear, o “Álvaro Alberto“, em 2033. Este submarino promete autonomia de até três meses ininterruptos e capacidade de atingir 350 metros de profundidade.
