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Por que Minas Gerais lidera em trabalho escravo no Brasil

Por que Minas Gerais lidera em trabalho escravo no Brasil
(Foto: Reprodução/Polícia Federal).

O Ministério do Trabalho divulgou que Minas Gerais ocupa a primeira posição entre os estados brasileiros com maior número de empregadores na lista de trabalho escravo. Com 151 registros, o estado ultrapassa São Paulo, que aparece em segundo lugar com 78 nomes. Esta atualização marca o maior número de inclusões desde a última atualização em outubro de 2023, adicionando 248 novos nomes à lista que agora conta com 654 empregadores entre pessoas físicas e jurídicas. As principais atividades econômicas vinculadas a essa prática incluem trabalho doméstico, cultivo de café, criação de bovinos, produção de carvão e construção civil.

O Superintendente Regional do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, explicou que o aumento de fiscalizações contribuiu para a posição do estado no ranking do trabalho escravo. “É uma vergonha estar em primeiro lugar, mas também mostra nosso comprometimento em resgatar trabalhadores dessa condição”, afirmou Calazans. Ele revelou que, dos 151 empregadores listados, mais de 1.300 pessoas foram resgatadas.

Em todo o Brasil, foram resgatados 3.190 trabalhadores em situação análoga à escravidão em 2023, com Minas Gerais liderando o número de ações, totalizando 117. Estas operações resultaram no pagamento de R$ 12,8 milhões em verbas salariais e rescisórias. A fiscalização conta com a participação de diversos órgãos, incluindo as polícias Federal e Rodoviária Federal, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Ministério Público Federal. Desde a criação do Grupo Móvel em 1995, o esforço conjunto dessas instituições levou ao resgate de 63,4 mil trabalhadores.

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Além da alta fiscalização, Carlos Calazans aponta a ausência de consequências legais como uma razão secundária para a continuidade do trabalho escravo. A maioria das vítimas, de acordo com ele, são indivíduos de origem modesta, alheios aos seus direitos. Empregadores que expõem seus funcionários a condições inaceitáveis podem ser processados por diversos crimes, incluindo aliciamento e tráfico de pessoas, além de cárcere privado e outras violações trabalhistas. No entanto, muitos desses processos se estendem por longos períodos nos tribunais sem chegar a um veredito.

O superintendente enfatizou que grande parte dos resgates ocorre após denúncias da população, mantidas em sigilo pelo Ministério. Esse canal de comunicação é essencial para a identificação e intervenção em casos de trabalho análogo à escravidão, reiterando a importância da vigilância e denúncia por parte da sociedade.

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