Veneza, renomada pelos canais pitorescos e icônicos passeios de gôndola, está enfrentando o desafio do turismo em massa com uma nova abordagem: a implementação de uma taxa de acesso de 5 euros para os visitantes que desejam explorar o centro histórico da cidade entre as 08h30 e as 16h30.
A medida, que entrou em vigor recentemente, exige que os visitantes paguem a taxa de acesso, podendo fazê-lo online ou em cabines designadas. Ao invés de catracas nas entradas da cidade, fiscais farão verificações aleatórias para garantir a conformidade com as regulamentações. Aqueles que forem flagrados sem o pagamento correto enfrentarão multas que variam entre 50 e 300 euros.
Para simplificar o processo, os turistas receberão um código QR nos dispositivos móveis como prova de pagamento da taxa, devendo mantê-lo consigo durante a visita.
Exceções
Algumas exceções à taxa incluem pessoas com reservas em hotéis, visitantes com menos de 14 anos – embora ambos os grupos ainda devam se registrar antecipadamente – e residentes, estudantes e trabalhadores locais, que estão isentos do pagamento.
Veneza, reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO, tornou-se a primeira grande cidade a adotar tal medida, com o objetivo de controlar o fluxo excessivo de turistas. Simone Venturini, responsável pelo turismo na cidade, destacou que desde a década de 1960, Veneza tem enfrentado o desafio do turismo em massa, resultando em um aumento no número de visitantes.
Durante a alta temporada, a cidade pode receber até 40 mil pessoas por dia, exercendo uma pressão considerável sobre a frágil lagoa de Veneza e afastando os moradores locais da ilha principal. Em 2023, Veneza registrou a visita de 20 milhões de turistas, de acordo com a Reuters.
Apesar disso, a implementação da taxa não recebeu unanimidade. Alguns moradores protestaram contra a medida, argumentando que ela pode não alcançar os efeitos desejados e que viola o direito fundamental de ir e vir.