O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (26) que o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, registrou uma desaceleração em abril, atingindo 0,21%, após ter marcado 0,36% em março.
No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril ficou em 3,77%, abaixo dos 4,14% registrados nos 12 meses anteriores. No mesmo período do ano anterior, em abril de 2023, o IPCA-15 foi de 0,57%.
Os números de abril surpreenderam o consenso de analistas do LSEG, que esperavam uma inflação mensal de 0,29% e uma variação de 3,86% nos últimos 12 meses.
A influência mais importante para o resultado do mês veio do grupo de Alimentação e Bebidas, que apresentou alta de 0,61%, contribuindo com 0,13 ponto percentual para o índice geral.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes registrou queda em abril, com -0,49%. Após Alimentação e Bebidas, o maior impacto no indicador veio de Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,78% e impacto de 0,10 ponto percentual.
Alimentos
Dentro do grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,74%, com destaque para as altas do tomate (17,87%), alho (11,60%), cebola (11,31%), frutas (2,59%) e leite longa vida (1,96%). Por outro lado, houve queda na batata-inglesa (-8,72%) e nas carnes (-1,43%).
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio, houve desaceleração em relação a março, com uma alta de 0,25%. Em Saúde e Cuidados Pessoais, a maior contribuição veio dos produtos farmacêuticos, com alta de 1,36%, após o reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos. No grupo Habitação, a alta da taxa de água e esgoto foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia. Já em Transportes, destacou-se a queda na passagem aérea (-12,20%).