Nos últimos tempos, a gestora BlackRock enviou uma mensagem urgente a seus clientes, alertando sobre um ataque iminente. O agressor em questão seria Boaz Weinstein, um gestor de Wall Street determinado a desafiar distorções nos fundos da BlackRock, que ele alega prejudicar os investidores em bilhões. A mensagem da BlackRock surge como resposta ao movimento agressivo de Weinstein, que busca remover a BlackRock como gestora de seis fundos.
Cruzada de Weinstein contra a BlackRock
Weinstein transformou sua campanha em uma verdadeira cruzada contra a BlackRock. Sua empresa, Saba Capital Management, lançou uma ofensiva para destituir a BlackRock da gestão de seis fundos, totalizando cerca de US$ 10 bilhões em ativos. A BlackRock respondeu, alertando os investidores sobre as possíveis consequências de uma vitória da Saba, alegando que isso poderia expô-los a maiores riscos financeiros.
Disputa entre BlackRock e Saba Capital abala indústria financeira
A batalha entre Weinstein e a BlackRock está abalando a indústria de fundos fechados, normalmente considerada tranquila em Wall Street. O conflito atingirá o auge nas próximas assembleias de acionistas, prometendo uma luta acirrada pelo poder no mundo financeiro.
Leia também:
Weinstein versus BlackRock: duelo de narrativas
Enquanto Weinstein acusa a BlackRock de aprisionar investidores em produtos de baixo desempenho, a BlackRock contra-ataca, apontando para a própria estratégia arriscada de Weinstein em criptomoedas e SPACs. Ambos os lados se posicionam como os defensores da moralidade, cada um buscando convencer os investidores da justiça de sua causa.
Stephen Minar, diretor administrativo focado em fundos fechados na BlackRock, afirmou que “o Saba usa o véu da governança para perturbar os objetivos de investimento e as estratégias de fundos fechados, forçando mudanças que enriquecem a si mesmo em detrimento de acionistas de longo prazo”.
Já Weinstein diz que a “BlackRock se comportou aos saltos e limites piores que todos os outros gestores, e por isso uma oferta de ações não é suficiente”. “Eles se colocaram em uma situação em que precisam de uma resposta forte — para remediar o desempenho, mas também como um sinal para a indústria, de que os acionistas não vão mais tolerar isso”, finaliza.
Estratégia de Weinstein e resposta da BlackRock
Weinstein, com cerca de US$ 6 bilhões investidos, pressiona gestores a recomprar ações ou transformar fundos em veículos de investimento abertos. Enquanto isso, a BlackRock defende-se, procurando aumentar os lucros dos acionistas e reduzir custos. No entanto, a empresa enfrenta críticas por suas práticas de governança e de gestão de fundos.
À medida que se aproxima o momento das assembleias de acionistas, tanto a BlackRock quanto a Saba Capital estão mobilizando esforços para conquistar votos. E a disputa também é estética: ao passo que a BlackRock envia cartões de procuração brancos, a Saba responde com cartões dourados, buscando apoio para suas propostas.
Movimentos estratégicos no mercado
Enquanto a disputa entre BlackRock e Saba Capital pelo controle dos fundos se intensifica, observa-se um movimento estratégico no mercado, com a Saba Capital aumentando sua participação em empresas como MainStay CBRE Global Infrastructure Megatrends Term Fund. De acordo com os últimos registros, a Saba Capital Management fez uma compra de 12.874 ações a um preço de US$ 12,33 por ação.