Em resposta às flutuações do mercado e incertezas econômicas globais, o BTG Pactual atualizou sua carteira de ações para maio. As mudanças incluem um aumento na exposição cambial e estratégias defensivas, adaptando-se às novas dinâmicas do mercado. Este mês, a carteira viu a substituição da Embraer por Suzano e da B3 por Ambev, alinhando-se com uma visão de maior segurança e potencial de crescimento.
Análise de inclusões
Suzano (SUZB3) foi adicionada à carteira devido ao seu aumento de capacidade e desalavancagem eficaz. Com ações negociadas a múltiplos atraentes, a Suzano se destaca pela melhoria na geração de caixa. Ambev (ABEV3), conhecida por seu perfil defensivo, apresenta um rendimento de dividendos de aproximadamente 8% e está sendo negociada com um desconto relevante comparado a seus pares globais.
Carteira de ações: perspectiva de mercado do BTG Pactual
O relatório do BTG Pactual mantém uma perspectiva positiva para o Ibovespa, apesar de desafios econômicos e políticos. O índice é negociado a 9,1 vezes o lucro estimado para os próximos 12 meses, sugerindo que o mercado brasileiro ainda oferece valor atraente para investidores.
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Desempenho e potencial da Suzano
A Suzano reportou uma receita de R$ 10,4 bilhões no último trimestre, marcando uma queda de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a empresa continua a investir em iniciativas sustentáveis, como o projeto Cerrado. A nova fábrica no Mato Grosso do Sul, que será inaugurada em breve, promete aumentar a produção para 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, elevando significativamente as receitas futuras.
Opiniões dos analistas
Analistas como Alexandre Siqueira do Grupo Fractal e Gustavo Cruz da RB Investimentos apontam a Suzano como uma empresa bem posicionada para enfrentar um mercado desafiador. A capacidade de aumentar os preços da celulose e a expansão contínua são vistos como pontos fortes da empresa.
“Com o projeto de expansão Cerrado, essa capacidade será aumentada a partir de junho. As vantagens competitivas da empresa incluem seu baixo custo de produção de celulose globalmente e sua localização estratégica”, afirma Siqueira.
Expectativas para a taxa Selic
Uma pesquisa recente realizada pela BTG com participantes do mercado financeiro, conduzida entre os dias 29 de abril e 3 de maio, revelou que há uma expectativa predominante de um corte moderado na taxa básica de juros.
De acordo com o levantamento, cerca de 75% dos entrevistados antecipam que o Copom reduzirá a Selic em apenas 0,25 ponto percentual em sua próxima reunião. Essa expectativa de corte mais cauteloso reflete a preocupação com a volatilidade global e as revisões fiscais em curso no Brasil. Historicamente, a Selic já passou por seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual desde o início do ciclo de queda em agosto do ano passado, partindo de uma taxa de 13,75% ao ano para o atual patamar de 10,75% ao ano.