A Oi encerrou o primeiro trimestre de 2024 com um prejuízo líquido de R$ 2,78 bilhões, um aumento de 120% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as perdas foram de R$ 1,26 bilhão. A receita líquida da operadora também sofreu uma redução de 13,3%, totalizando R$ 2,19 bilhões.
Desafios operacionais e de mercado
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações brasileiras foi negativo em R$ 201 milhões, contrastando com um resultado positivo de R$ 193 milhões no primeiro trimestre de 2023. Incluindo a contribuição das operações no exterior, o EBITDA consolidado ficou negativo em R$ 168 milhões.
A desvalorização do real frente ao dólar impactou negativamente o resultado financeiro da empresa, especialmente devido às obrigações financeiras denominadas em moeda estrangeira. Adicionalmente, a captação de financiamentos na modalidade DIP entre o segundo trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 aumentou as despesas com juros.
A companhia afirmou que “as despesas com depreciação e amortização totalizaram R$ 238 milhões no 1T24, apresentando queda de 25,3% ano a ano e de 57,5% trimestre a trimestre. A queda A/A resultou do impairment de ativos associados à operação não-core no 4T22 e no 4T23, apesar do novo arrendamento de torres para os serviços da concessão da fixa, iniciado no 3T23, após a conclusão da venda desses ativos”.
Apesar do prejuízo líquido, Oi evidencia crescimento em fibra óptica
Apesar das dificuldades financeiras, a Oi registrou um leve crescimento no número de domicílios conectados à sua rede de fibra óptica, alcançando quatro milhões de residências, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior.
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Projeções e estratégias futuras
A “Nova Oi”, nome dado após a venda de suas redes móveis para grandes operadoras como TIM, Vivo e Claro, enfrenta o desafio de se reestruturar em um ambiente de mercado cada vez mais competitivo e regulado. A empresa continua a investir em sua infraestrutura de fibra óptica e na melhoria de seus serviços corporativos, embora os segmentos tradicionais como telecomunicações e DTH (TV por satélite) continuem a enfrentar pressões descendentes.