Na manhã desta segunda-feira (3) Claudia Sheinbaum foi confirmada como a nova presidente do México. A candidata do Partido Morena obteve 58,8% dos votos, vencendo com uma diferença de 28,7 pontos sobre Xóchitl Gálvez, candidata da direita.
Nesse sentido, as autoridades divulgaram os primeiros resultados às 20h locais, apontando a liderança de Sheinbaum nas pesquisas de boca de urna. Ademais, a candidata sempre foi a favorita e confirmou o favoritismo com ampla margem de votos.
Formação e carreira
Nascida em 24 de junho de 1962, Claudia Sheinbaum tem 61 anos, dois filhos e doutorado em Engenharia Ambiental pela Unam. Cresceu em Tlalpan, na Cidade do México, e foi uma ativista estudantil na década de 1980. Sheinbaum, a primeira presidente judia do México, raramente discute sua herança, tendo crescido em uma família secular.
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De tal maneira, Sheinbaum iniciou sua carreira pública como secretária do Meio Ambiente da Cidade do México, entre 2000 e 2006. Em 2015, foi eleita prefeita de Tlalpan e, em 2018, prefeita da Cidade do México, enfrentando crises como a pandemia e o colapso de uma linha do metrô.
Além disso, foi casada com Carlos Ímaz, com quem teve uma filha e acolheu o filho do companheiro. Após se separar em 2016, casou-se com Jesús María Tarriba, seu namorado da época da faculdade.
Por fim, Claudia Sheinbaum sucede Andrés Manuel López Obrador, presidente popular com 66% de aprovação. A candidata enfatizou a continuidade das políticas de López Obrador.
Desafios na segurança
Durante seu mandato como prefeita da Cidade do México, ela conseguiu reduzir os crimes violentos, incluindo uma queda de 50% nos homicídios. Além disso, ela aprimorou as investigações criminais, profissionalizou a polícia e introduziu modelos de policiamento comunitário inspirados em cidades dos EUA, como Oakland.
Entretanto, o ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, mentor de Sheinbaum, adotou uma abordagem militarizada para a segurança pública. Nesse contexto, ele eliminou a força policial federal e reduziu o financiamento para as polícias locais e estaduais, transferindo grande parte da responsabilidade pela segurança pública para os militares e a recém-criada Guarda Nacional. Agora, enfrentará o desafio de combater a violência dos cartéis em todo o país, aplicando novas estratégias de segurança.
Nesse sentido, o cientista político Carlos Pérez Ricart afirma que replicar o modelo de segurança da Cidade do México é difícil devido aos altos custos e à complexidade de implementação em outras regiões do país.
Crise da oposição
Por outro lado, os partidos tradicionais da oposição, como Partido Revolucionário Institucional (PRI), Partido Acción Nacional (PAN) e Partido de la Revolución Democrática (PRD), enfrentam descrédito entre os eleitores. A coligação de Gálvez não conseguiu superar essa imagem negativa, contribuindo para a vitória de Sheinbaum.
Compromisso com a continuidade
Claudia Sheinbaum recebeu felicitações de seus adversários e prometeu seguir o caminho traçado por López Obrador. Sua vitória representa um novo capítulo na política mexicana, com o Morena no poder. Com isso, Sheinbaum agora enfrentará o desafio de implementar suas políticas e combater a violência no México. Sua eleição, portanto, reflete a aposta dos mexicanos em seu projeto político.