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Endividamento das famílias brasileiras atinge maior nível desde 2022

Percentual de dívidas atinge 78,8% em maio, segundo CNC

Endividamento das famílias brasileiras atinge maior nível desde 2022
O cartão de crédito representa o tipo mais comum de dívida, abrangendo 86,9% das famílias (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil).

O endividamento das famílias brasileiras continuou a crescer, alcançando 78,8% em maio. Esse índice representa o maior nível desde novembro de 2022, conforme mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa aponta que o aumento na busca por crédito tem sido constante. De fato, as famílias têm aproveitado a redução nas taxas de juros. A taxa Selic, por exemplo, tem diminuído consistentemente desde agosto do último ano, chegando agora a 10,50%.

Dívidas mais comuns

O cartão de crédito surge como o principal tipo de dívida, envolvendo 86,9% das famílias. Seguem-se os carnês, com 16,2%, e o crédito pessoal, com 9,8%. Destaca-se que o uso do cheque especial caiu para apenas 3,9% das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.

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A proporção de famílias que se consideram muito endividadas aumentou ligeiramente, de 17,2% em abril para 17,8% em maio. Em contraste, a taxa de inadimplência manteve-se estável. Em maio, 28,6% das famílias tinham dívidas em atraso, um número igual ao de abril e menor que os 29,1% de maio de 2023.

Além disso, 12% das famílias em maio indicaram que não terão condições de pagar suas dívidas. Esse número é ligeiramente menor do que os 12,1% de abril, mas maior que os 11,8% de maio de 2023.

Perspectivas sobre endividamento

A CNC prevê que o endividamento das famílias brasileiras continue a crescer até alcançar cerca de 80,4% até o fim do ano. Espera-se que a inadimplência permaneça estável, com um possível aumento apenas mais próximo do final do ano.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, comentou sobre os resultados. Ele disse: “O aumento no endividamento, combinado com a queda no uso do cheque especial e a estabilidade na inadimplência, mostra uma situação mais gerenciável”. Ele também observou que o mercado de trabalho tem mostrado melhoras, o que, segundo a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indica um aumento na proporção de pessoas empregadas e melhor capacitadas para gerenciar suas dívidas.

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