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Confiança do consumidor melhora em junho: veja como foi mês passado

Confiança do consumidor cresce em junho. Veja os detalhes e impactos na economia brasileira.
Confiança do consumidor melhora em junho. (Foto: Divulgação)
Confiança do consumidor melhora em junho. (Foto: Divulgação)

Em junho, a confiança dos consumidores brasileiros apresentou uma recuperação, conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,9 ponto, alcançando 91,1 pontos. Apesar desse aumento, o índice ainda não compensou completamente a queda de 4,0 pontos registrada em maio.

Os indicadores que compõem o ICC mostraram melhorias em junho. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,0 ponto, atingindo 81,6 pontos, o maior nível desde novembro de 2023. Já o Índice de Expectativas (IE) teve um avanço de 2,6 pontos, chegando a 98,1 pontos. Essa alta reflete uma percepção mais positiva tanto sobre a situação atual quanto sobre os próximos meses.

Influências econômicas para a confiança do consumidor

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros Selic em 10,5%. Essa decisão interrompeu um ciclo de afrouxamento monetário após sete reduções consecutivas, o que influenciou a confiança do consumidor.

A percepção positiva aumentou em três das quatro faixas de renda, sendo mais notável entre os consumidores de menor poder aquisitivo. Somente as famílias com renda acima de R$ 9.600,01 mostraram pessimismo em relação às perspectivas futuras. O quesito que mede o ímpeto de compras de bens duráveis registrou o maior avanço, subindo 5,2 pontos para 84,0 pontos, após uma queda significativa no mês anterior.

Contexto econômico de maio e abril

Em maio, o Índice de Confiança do Consumidor estava em declínio, mantendo-se positivo com 51,7 pontos, mas apresentando uma queda de 1,6 pontos em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil teve a quarta maior queda, com uma redução de 3,7 pontos, atrás apenas do Peru (7,6), Malásia (7,2) e Turquia (5,2).

O mês de abril, por sua vez, foi marcado por aumentos expressivos nos preços de alimentos, medicamentos e itens de higiene pessoal. Isso elevou a inflação para 0,38%, acima dos 0,16% observados no mês anterior. Além disso, os desastres climáticos no Rio Grande do Sul contribuíram para a apreensão, especialmente com a possibilidade de escassez e aumento nos preços do arroz.

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Expectativas futuras e indicadores econômicos

Os indicadores que medem as perspectivas para a situação futura da economia e das finanças das famílias também mostraram avanços. O indicador de perspectivas para a economia subiu 2,0 pontos para 110,3 pontos, enquanto o de finanças das famílias aumentou 0,3 ponto para 100,4 pontos. Apesar dos avanços na moral do consumidor, os indicadores ainda não recuperaram as quedas registradas em maio.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, destacou que “os resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança e parecem estar vinculados às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciada pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis”.

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