As vendas de imóveis residenciais no Brasil tiveram um aumento de 43,7% no período de 12 meses até abril deste ano, segundo uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fipe. O levantamento, que inclui dados de 20 empresas do setor, revela um total de 179,86 mil unidades vendidas.
O segmento de médio e alto padrão registrou um crescimento de 13,7% nas vendas, totalizando 44,93 mil unidades. No entanto, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) foi o grande destaque, com um aumento de 56,9% no número de unidades vendidas, alcançando 129,68 mil unidades.
Em termos de valor, as vendas de imóveis residenciais de médio e alto padrão cresceram 28,1%, atingindo 23,7 bilhões de reais. Já o segmento do MCMV apresentou um crescimento impressionante de 65%. Sendo assim, as vendas totalizaram 29,3 bilhões de reais, de acordo com o indicador Abrainc-Fipe.
Apesar do crescimento nas vendas, o volume de lançamentos de imóveis de médio e alto padrão caiu 7,4% no mesmo período. Em contraste, os lançamentos do programa habitacional federal aumentaram 16,3%. Então, resultaram em um crescimento total de 10,5%, com 130,90 mil unidades lançadas.
A pesquisa também destacou a taxa de cancelamentos de contratos de compra e venda (distratos) no segmento de médio e alto padrão, que ficou em 11,9%. O número é considerado baixo pela Abrainc, especialmente em comparação com os níveis de 2018, quando a Lei dos Distratos foi sancionada e a taxa de distratos estava em cerca de 40%.
Mercado imobiliário
O aumento nas vendas de imóveis reflete uma recuperação forte no mercado imobiliário brasileiro, impulsionada tanto por políticas habitacionais como por condições econômicas mais favoráveis. Portanto, o crescimento no segmento do Minha Casa Minha Vida indica um fortalecimento das iniciativas governamentais para promover a habitação popular.
A redução nos distratos sugere uma maior confiança dos consumidores e estabilidade no mercado, beneficiada pela segurança jurídica trazida pela Lei dos Distratos. O cenário favorável é positivo para incorporadoras e investidores, apontando para um mercado mais previsível e seguro.
O setor imobiliário brasileiro mostra sinais de resiliência e crescimento sustentado, com expectativas positivas para os próximos meses. A Abrainc e a Fipe continuarão monitorando esses indicadores para fornecer insights detalhados sobre as tendências do mercado.