Nesta quarta-feira (28), o governo federal apresentou detalhes sobre o corte de R$ 26 bilhões no Orçamento de 2025, com foco na revisão de despesas obrigatórias. Dos R$ 26 bilhões previstos, cerca de R$ 19,9 bilhões virão da revisão de cadastros, medida que visa otimizar o uso de recursos e reduzir desperdícios. Além disso, R$ 6,1 bilhões serão realocados entre ministérios, garantindo que programas essenciais, como o Bolsa Família, sejam mantidos em níveis sustentáveis.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será um dos principais alvos, com uma economia prevista de R$ 7,3 bilhões. O sistema Atestmed, responsável pela concessão de auxílio-doença sem perícia, passará por uma revisão que deve poupar R$ 6,2 bilhões. Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também passará por ajustes. A atualização do Cadastro Único economizará R$ 4,3 bilhões, enquanto a reavaliação de perícias gerará uma economia adicional de R$ 2,1 bilhões.
Demais áreas do corte
Outras áreas de corte incluem a revisão de auxílios por incapacidade do INSS, que deve resultar em uma economia de R$ 3,2 bilhões. Além disso, mudanças no Proagro e no seguro-defeso trarão economias adicionais de R$ 1,9 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.
O secretário Sergio Firpo destacou que as projeções são conservadoras, mas acredita que a economia pode ser ainda maior. “Estamos trabalhando com as melhores informações disponíveis”, afirmou. Dario Durigan, secretário-executivo, destacou que essas medidas marcam apenas o começo, e o governo implementará outras ações para assegurar a revisão contínua dos gastos públicos.
Para 2024, o governo está otimista no corte do orçamento. Em julho, o Ministério da Fazenda anunciou uma meta de economia de R$ 10 bilhões com essas revisões. Sergio Firpo revelou que, até junho, a revisão do Atestmed gerou uma economia de R$ 2 bilhões. A revisão dos benefícios por incapacidade economizou R$ 1,3 bilhão, com o cancelamento de 133 mil benefícios.
