Em julho de 2024, a taxa média de juros cobrados de pessoas físicas no crédito livre caiu 0,5 ponto percentual (p.p.), atingindo 51,2% ao ano. Este número marca uma diminuição em comparação com os 58,3% registrados no mesmo mês de 2023, conforme os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nas Estatísticas Monetárias e de Crédito.
O crédito livre, modalidade em que as instituições financeiras têm liberdade para estabelecer as taxas de juros, mostrou-se mais favorável para os consumidores em julho. Para as empresas, a taxa média cobrada no mercado livre foi de 21,2% ao ano, refletindo um aumento de 0,3 p.p. em relação a junho. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 1,8 p.p., quando a taxa estava em 23%.
No que diz respeito à inadimplência, o cenário permaneceu estável desde o início de 2024. O percentual de pessoas físicas com dívidas em atraso superior a 90 dias ficou em 5,5% em julho. Esse número representa uma leve melhora em comparação com os 6,2% registrados em julho de 2023. Entre as empresas, o índice de inadimplência foi de 2,9%, mostrando uma redução de 0,2 p.p. em relação a junho e de 0,4 p.p. em relação ao ano anterior, quando estava em 3,2%.
Crédito rotativo e parcelado
O crédito rotativo, conhecido pelas suas altas taxas de juros, apresentou uma média de 432,3% ao ano em julho de 2024. Apesar de ser uma das modalidades mais onerosas, houve uma redução de 9 p.p. em relação a julho de 2023, quando a taxa estava em 441,3%.
A taxa média de juros do crédito parcelado no cartão de crédito para pessoas físicas caiu para 178% ao ano. Isso representa uma redução tanto em relação ao mês anterior quanto ao mesmo período de 2023. A taxa média total do cartão de crédito, incluindo todas as modalidades, ficou em 82,8% ao ano, comparada aos 85,2% registrados em junho e aos 101,9% em julho de 2023.
Cheque especial e crédito pessoal
Os juros do cheque especial também mostraram uma leve queda. A taxa média em julho foi de 127,8% ao ano, comparada aos 131,3% de junho e aos 132% de julho de 2023. O crédito pessoal consignado, que tem taxas mais acessíveis por ser descontado diretamente da folha de pagamento, permaneceu estável em 23,2% ao ano desde maio. Contudo, o crédito pessoal não consignado registrou um aumento, com a taxa média atingindo 89,5% ao ano em julho. É uma alta de 1,9 p.p. em relação ao mês anterior.
