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Temporadas de balanços da B3: expectativa para resultados da Petrobras e Vale

A temporada de balanços das principais empresas da B3 traz expectativas neutras a positivas dos analistas.
O pregão do Ibovespa fechou em alta de 0,76%, impulsionado pela valorização das commodities e pela desaceleração da inflação no Brasil.
(Imagem: divulgação/B3)

Os analistas do mercado financeiro estão com expectativas neutras a positivas para os resultados das principais empresas listadas na B3. A temporada de divulgação dos balanços financeiros do terceiro trimestre, marcada para a próxima terça-feira (22), é aguardada com atenção, especialmente em um cenário macroeconômico desafiador devido às altas taxas de juros.

A manutenção de juros elevados tem favorecido os investimentos em renda fixa, como os títulos públicos de curto prazo, o que torna o investidor de renda variável mais cauteloso. No entanto, a força e o desempenho de longo prazo das grandes empresas continuam atraindo investidores em busca de retornos diferenciados. Entre as cinco maiores companhias da B3, Petrobras e Vale têm um papel de destaque, com ações que impactam diretamente o desempenho do Ibovespa.

Temporadas de balanços: Petrobras e a política de dividendos em foco

A Petrobras permanece no centro das discussões entre analistas e investidores, principalmente em relação à sua política de distribuição de dividendos. A decisão da empresa de não pagar dividendos extraordinários em março, que resultou em uma desvalorização de R$ 55 bilhões, gerou preocupações no mercado. No entanto, a companhia recuou e retomou o pagamento de dividendos pouco tempo depois, tranquilizando investidores.

De acordo com Braz Peres Neto, gestor da Planalto Capital, “Petrobras, Itaú e Vale ganham destaque pelos bons indicadores de valor, enquanto Weg se sobressai pelo ótimo momento, e Ambev enfrenta desafios”. Esse panorama reflete a expectativa de resultados neutros a positivos para essa temporada de balanços, com um olhar atento aos custos de produção.

Expectativas neutras a positivas para Petrobras

Bruno Lima, analista do BTG Pactual, em entrevista a CNN, acredita que os resultados da Petrobras no terceiro trimestre devem oscilar entre neutros e positivos, dependendo dos custos operacionais. Já Marco Saravalle, da MSX, prevê uma estabilidade no EBITDA da empresa, com leve possibilidade de queda em relação ao ano anterior. A Genial Investimentos acredita que os investidores podem adiar as preocupações com os investimentos para 2025, focando principalmente nos dividendos nesta temporada de balanços.

Itaú: crescimento e reversão de provisões

Entre os grandes bancos, o Itaú surge como um dos destaques, com projeções de crescimento no retorno sobre o patrimônio (ROE), estimado em 22%. A Genial Investimentos projeta um lucro líquido de R$ 10,5 bilhões para o banco, representando um crescimento de 4,4% no trimestre e 16,3% no acumulado do ano. Além disso, a reversão de provisões relacionadas ao caso Americanas pode resultar em um ganho de R$ 450 milhões. Assim, elevando o lucro da empresa para R$ 10,96 bilhões nesta temporada de balanço.

Vale e o impacto dos preços do minério de ferro na temporada de balanços

No setor de mineração, a Vale deve apresentar resultados dentro das expectativas, apesar da queda nos preços do minério de ferro já ter sido precificada. “O preço mais baixo das commodities pode impactar a receita e o EBITDA da Vale, resultando em uma queda de 10% a 13% na receita anual”, afirma Marco Saravalle. Por outro lado, o Goldman Sachs enxerga potencial de recuperação nas ações da empresa, mesmo com os desafios enfrentados pelo setor.

Weg: crescimento moderado com bom mix de produtos

A Weg, líder em geração de energia solar no Brasil, deve continuar se beneficiando de um ambiente de preços favorável, apesar da redução nos pedidos vindos da Europa, Ásia e África. Analistas apontam que a empresa deve manter um crescimento orgânico moderado, com uma lucratividade surpreendente, impulsionada pela diversificação de produtos e pelos custos de produção ajustados.

Temporada de balanços da Ambev: crescimento no volume de vendas de cerveja

Por fim, a Ambev deve apresentar um aumento no volume de vendas de cerveja, o que deve impulsionar o EBITDA para R$ 6,9 bilhões e o lucro líquido para R$ 3,5 bilhões, segundo projeções do Bank of America. No entanto, a empresa continua enfrentando desafios em seus mercados internacionais, principalmente no Canadá e na América do Sul.

Informações da CNN

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