As ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam um cenário de instabilidade em 2024, apresentando uma queda acumulada de 3,85%. Após atingir seu topo histórico de R$ 28,50, o ativo iniciou um movimento de correção, o que gerou incertezas sobre os próximos passos. Atualmente negociadas a R$ 24,51, as ações estão operando abaixo das médias móveis, sinalizando uma possível continuidade da tendência de baixa.
Análise técnica: suportes e resistências das ações do Banco do Brasil
No curto prazo, as ações do Banco do Brasil enfrentam pressão vendedora, com uma trajetória descendente desde a máxima de R$ 28,50. A média móvel de 200 períodos foi rompida, aumentando a intensidade da queda.
O suporte imediato se encontra na faixa de R$ 24,28 a R$ 23,00, e, caso o preço rompa esse nível, as ações podem testar suportes mais baixos, em torno de R$ 21,70 e R$ 20,58. No entanto, a resistência para uma possível recuperação está entre R$ 24,90 e R$ 25,63.
O impacto do ciclo de juros e do setor agropecuário
Dois fatores têm influenciado negativamente o desempenho das ações do Banco do Brasil. O primeiro está relacionado à desaceleração das commodities, especialmente no setor agropecuário. Com a queda no valor das principais exportações do Brasil, como soja e milho, a inadimplência entre os produtores rurais aumentou.
O segundo fator que gera receio é o ciclo de alta de juros. A possibilidade de o governo utilizar o Banco do Brasil para subsidiar o crédito no país eleva o risco de um aumento nas despesas do banco.
O que esperar para BBAS3 à médio prazo?
Apesar dos desafios no curto prazo, as ações do Banco do Brasil podem se recuperar com a recuperação do setor agropecuário e a estabilização dos juros. A superação de resistências em R$ 25,11 e R$ 26,00 pode abrir espaço para o retorno à trajetória de alta, com a expectativa de atingir novamente o topo histórico de R$ 28,50.