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Exportações brasileiras de autopeças: tarifa dos EUA preocupa setor

Os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 50% sobre as exportações de autopeças do Brasil, gerando preocupações na indústria automotiva. Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil, diz que o impacto será maior para as montadoras americanas. Com exportações de US$ 2,2 bilhões e um histórico déficit comercial, o Brasil enfrenta dificuldades. O Sindipeças alerta para os riscos de um aumento do protecionismo, que pode prejudicar as relações comerciais. Como isso pode afetar o comércio automotivo entre Brasil e EUA?
Motor automotivo em laboratório técnico relacionado às exportações brasileiras de autopeças.
As exportações brasileiras de autopeças para os Estados Unidos somam US$ 2,2 bilhões, enquanto as importações do setor alcançam US$ 1,3 bilhão. (Foto: Pexels/Mike van)

Os Estados Unidos anunciaram uma tarifa adicional de 50% sobre as exportações brasileiras de autopeças, medida que tende a causar mais prejuízos às montadoras instaladas no território norte-americano do que à indústria brasileira. A avaliação é de Ranieri Leitão, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças Brasil).

Exportações brasileiras de autopeças têm efeito limitado no mercado interno

Segundo Leitão, o impacto imediato das novas tarifas será limitado no mercado nacional.

“Em nosso entender, o impacto talvez seja maior para as montadoras americanas que dependem diretamente dos fornecedores brasileiros. No Brasil, não enxergamos alterações relevantes no processo produtivo automotivo”, afirmou em coletiva à imprensa.

Atualmente, o Brasil exporta US$ 2,2 bilhões em autopeças para os Estados Unidos e importa US$ 1,3 bilhão, o que resulta em saldo positivo para o setor em 2024. Apesar disso, o comércio bilateral registra déficit histórico para o Brasil desde 2009.

Exportações brasileiras de autopeças são específicas para veículos americanos

Por isso, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) informou, em comunicado oficial, que os fabricantes brasileiros desenvolvem grande parte das autopeças com exclusividade para montadoras americanas, o que inviabiliza o redirecionamento desses produtos para outros mercados internacionais.

“Precisamos aguardar detalhes da legislação norte-americana para avaliar corretamente o impacto. No entanto, é evidente que uma taxação excessiva gera prejuízos generalizados, afetando negativamente as relações comerciais Brasil-EUA e fragilizando a cadeia produtiva automotiva”, ressaltou o comunicado do Sindipeças.

Exportações brasileiras de autopeças e o risco da taxação excessiva

Embora o mercado interno de autopeças do Brasil atenda majoritariamente à indústria automotiva local, o setor alerta para os riscos de uma escalada protecionista. Tarifas elevadas dificultam negociações comerciais futuras e afastam investimentos estrangeiros no país.

Para Leitão, medidas como essa tendem a criar insegurança e instabilidade no comércio automotivo global. “Qualquer taxação exagerada prejudica todos os envolvidos, aumentando custos operacionais e enfraquecendo a competitividade internacional”, concluiu.

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