Da feira ao posto de gasolina, o bolso do brasileiro sente a pressão constante das contas. Alimentação e transporte, sozinhos, já consomem 34% da renda das famílias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse cenário, o controle financeiro pessoal deixou de ser uma opção e se tornou ferramenta de sobrevivência contra o endividamento.
A concentração do orçamento em itens básicos revela a vulnerabilidade das famílias brasileiras. Quando 1/3 da renda é destinado a gastos essenciais, qualquer variação de preços — como a alta dos alimentos ou do combustível — desorganiza o orçamento doméstico e eleva o risco de inadimplência. Esse quadro se soma a um ambiente mais amplo de fragilidade: em junho de 2025, 78,4% das famílias estavam endividadas, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), e quase 30% tinham contas em atraso. Além disso, o Serasa estima que 75 milhões de pessoas convivem com o nome restrito.
Controle financeiro pessoal e o peso do orçamento
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) mostra ainda que habitação responde por 15,3% do orçamento e saúde por 8,1%. Embora representem valores relevantes, esses itens têm menor margem para cortes imediatos. Já alimentação e transporte oferecem espaço para ajustes, desde a escolha de cozinhar em casa até o uso de aplicativos para buscar combustível mais barato. São pequenas decisões de gestão do dinheiro que reduzem o impacto dos gastos mensais.
Educação financeira ganha espaço nas empresas com ações da BScash
A fintech BScash, do Grupo BSPAR, especializada na gestão de pagamentos de folha para colaboradores, realiza constantemente ações de educação financeira junto às empresas parceiras. O objetivo é contribuir para que os profissionais possam gerir melhor suas finanças pessoais e alcançar maior equilíbrio no orçamento.
“Acreditamos que a educação financeira dentro das empresas é um investimento que gera retorno duplo: melhora a qualidade de vida dos colaboradores e fortalece a produtividade das companhias. Nosso papel é oferecer ferramentas para que cada profissional tenha mais clareza sobre suas escolhas e consiga transformar renda em realização.” — afirma Rafaela Mota, CEO da BScash.
Educação financeira e hábitos de consumo
O controle financeiro pessoal vai além de anotar receitas e despesas em planilha ou aplicativo. É uma prática de educação financeira que envolve definir metas, adotar consumo consciente e criar uma reserva de emergência. Estratégias como a regra 50-30-20 — metade da renda para necessidades, 30% para desejos e 20% para poupança — ajudam famílias a reorganizar o fluxo de caixa pessoal, reduzindo a exposição a dívidas e inadimplência.
Planejamento financeiro e futuro sustentável
Sem disciplina, o endividamento se torna estrutural, mesmo em famílias com renda razoável. Por isso, o controle financeiro pessoal é também um instrumento de planejamento financeiro de longo prazo. Direcionar recursos para aplicações financeiras simples, como poupança ou fundos de renda fixa, fortalece a renda familiar e garante estabilidade. O desafio está em transformar hábitos de consumo em escolhas estratégicas, substituindo impulsos por decisões conscientes.
Ao colocar organização das finanças no centro da vida cotidiana, os brasileiros conseguem não apenas evitar dívidas, mas também construir bases para investir no futuro. Num país onde alimentação e transporte drenam boa parte da renda, controlar gastos deixou de ser recomendação genérica e passou a ser caminho essencial para alcançar equilíbrio financeiro e independência.