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Arrecadação federal em setembro soma R$ 216,7 bi e tinge maior resultado histórico, diz Receita

A arrecadação federal em setembro somou R$ 216,7 bilhões, maior valor já registrado pela Receita Federal para o mês. O avanço de 1,43% em relação a 2024 foi impulsionado por mudanças legais e crescimento do IOF. No acumulado de 2025, o governo arrecadou R$ 2,1 trilhões, alta de 3,49% em termos reais.
rrecadação federal em setembro atinge recorde histórico segundo Receita
Receita Federal informou que a arrecadação federal em setembro chegou a R$ 216,7 bilhões, o maior valor já registrado para o mês. (Imagem: Freepik)

A arrecadação federal em setembro alcançou R$ 216,727 bilhões, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (23/10), marcando o maior resultado da série histórica para o mês. O valor representa alta real de 1,43% em comparação a setembro de 2024, revertendo a queda observada em agosto, primeira registrada no ano.

De janeiro a setembro, o governo acumulou R$ 2,105 trilhões em receitas, montante 3,49% superior ao dos nove primeiros meses de 2024, já descontada a inflação. Segundo o órgão, parte desse desempenho se explica por ajustes legais e efeitos pontuais em tributos financeiros.

Receita administrada e tributos

Os recursos diretamente administrados pela Receita somaram R$ 210,702 bilhões em setembro, com avanço real de 1,88%. Além disso, no acumulado do ano, a cifra chegou a R$ 2,017 trilhões, representando alta real de 4,10% sobre o mesmo período de 2024.

Principais destaques da arrecadação federal de setembro, segundo a Receita Federal foram:

  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): crescimento de 33,42%, totalizando R$ 8,455 bilhões;
  • Alterações legais: novas regras sobre operações de crédito e saída de moeda estrangeira elevaram a arrecadação;
  • Arrecadação administrada: R$ 210,702 bilhões, alta de 1,88%;
  • Acumulado do ano: R$ 2,017 trilhões, aumento de 4,10%.

De acordo com a Receita, o desempenho do IOF reflete alterações recentes na legislação aplicadas a operações financeiras e cambiais, fatores que ampliaram a base de incidência do tributo.

Eventos atípicos e ajustes legais

O órgão informou que os números 2025 foram impactados por “eventos não recorrentes ou alterações de legislação” ocorridos no ano anterior. Sem esses efeitos, o crescimento da arrecadação federal em setembro teria sido de 3,73% e o acumulado, de 4,86%.

Esses ajustes incluem compensações fiscais e recolhimentos extraordinários de empresas, o que distorceu parte da base de comparação com 2024. Em agosto, a arrecadação havia recuado 1,5%, reflexo da desaceleração econômica e de mudanças no calendário de tributos no Rio Grande do Sul, que concentraram receitas antecipadas no primeiro semestre.

O resultado de setembro, portanto, recompõe o ritmo de arrecadação e reforça o fôlego das contas públicas no terceiro trimestre.

IOF lidera recuperação das receitas na arrecadação federal de setembro

Já entre os tributos, o IOF foi o que mais contribuiu para o resultado positivo. O aumento de mais de 30% foi impulsionado por operações de crédito corporativo e saída de capital estrangeiro, dois movimentos que cresceram no segundo semestre. Enquanto isso, outros impostos, como PIS/Cofins e IRPJ, tiveram variações moderadas, mantendo a estabilidade do quadro geral de receita

Arrecadação federal: Tendência fiscal e próximos passos

O resultado da arrecadação federal em setembro indica que as receitas voltam a acompanhar o ritmo de recuperação da economia brasileira, mesmo diante de pressões fiscais. Além disso, ainda que parte do avanço dependa de eventos atípicos, o desempenho reforça a solidez da base tributária e dá fôlego ao governo na execução do orçamento de 2025.

Nesse sentido, analistas avaliam que, mantida a trajetória atual, o quarto trimestre tende a consolidar o ano como o mais arrecadador da história recente.

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