Nesta semana, o governo realiza leilões de privatização de aeroportos, portos, ferrovia. O projeto foi intitulado como Infra Week. O Ministério da Infraestrutura alega que, além da arrecadação de R$ 10 bilhões em investimentos privados, a previsão é gerar mais de 200 mil empregos de forma direta e indireta.
Como exemplo, só na terça-feira, 06, foram leiloados 22 aeroportos operados pela empresa pública Infraero, 5 terminais portuários (quatro em Itaqui e um em Pelotas) e o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia – um projeto em obras desde 2011 e que ainda recebe críticas de ambientalistas. O governo quer que a ferrovia se consolide como um corredor logístico de exportação para o escoamento de minério de ferro, além de grãos.
A oferta dos lotes é feita na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, que se preparou para o leilão presencial com regras rígidas de acesso ao local. O valor de R$ 10 bilhões é alto se comparado, por exemplo, com o orçamento do Ministério da Infraestrutura destinado a obras, em torno de R$ 7 bilhões para todo este ano. O número de projetos que serão oferecidos ao setor privado em uma semana também contrasta com o dado de 2020, quando o ministério organizou o leilão de nove ativos.
Além destes três dias, durante todo o mês haverá projetos a serem leiloados, em um cronograma que o Bradesco BBI classificou como o “super abril de infraestrutura no Brasil”.
Os efeitos de melhora de serviço poderão ser vistos no longo prazo. O bom funcionamento da infraestrutura de aeroportos, terminais portuários e ferrovias fomenta novos negócios.
