A Globo, maior emissora de televisão do país, fechou um contrato para migrar todos seus centros de dados para o Google Cloud.
Com a migração, o Google se torna “a coluna vertebral para todos os serviços e produtos” do conglomerado de mídia, explica a Globo em nota.
A cooperação entre as duas empresas abre possibilidades para serviços chave para o futuro da Globo como o Globoplay, o Netflix global.
Já existe um projeto em andamento para fazer uma integração customizada do Globoplay com Android TV, com o objetivo de combinar a programação da TV aberta e a TV via internet.
A nota das empresas também abre perspectivas um pouco mais vagas, incluindo um avanço em uma “estratégia baseada em dados”, o que abriria a possibilidade de “otimizar as recomendações personalizadas em tempo real ao público”.
Para incorporar IA no desenvolvimento de soluções e no processo de inovação da Globo, o Google Cloud irá acelerar o treinamento das equipes da empresa com conhecimento avançado de machine learning.
O anúncio acontece no contexto de um processo maior da Globo, que anunciou em 2018 planos de transformação digital e conversão em uma empresa de “mediatech”.
“Nos últimos anos, mergulhamos profundamente em nossos processos, para que a empresa estivesse de fato preparada para os muitos desafios do futuro. Esta parceria estratégica para a Globo, que sintetiza alguns dos principais pilares da nossa transformação, como foco no público, gerenciamento de dados, parceria para inovação e novos modelos de negócios”, explica Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo.
Mostrando a importância do contrato, o Google incluiu comentários de Robert Enslin, presidente do Google Cloud, algo que não tinha acontecido em nenhum grande contrato fechado no Brasil até agora.
“Estamos muito entusiasmados com a parceria com um líder do setor tão importante e reconhecido globalmente. Juntos, a Globo e o Google Cloud se concentrarão no desenvolvimento e fornecimento de experiências de primeira classe aos usuários”, afirma Enslin.
A Globo é de longe o nome mais chamativo já divulgado em um grande contrato de nuvem no Brasil pelo Google, que já divulgou nos últimos tempos vendas para clientes como o banco BV, nova marca do Banco Votorantim, quinto maior banco privado brasileiro em ativos.
Sem dúvida, a marca foi disputada pelos outros grandes players de computação em nuvem, um grupo que se resume em AWS, Google e Microsoft.
Uma conta importante, mas provavelmente não a maior já fechada no país. Esse título parece ser da AWS, que fechou no ano passado um contrato de 10 anos com o Itaú, um dos maiores bancos do país, para migrar a “maior parcela” de sua infraestrutura de TI dos mainframes e de seus data centers para a nuvem.
A informação é do portal Baguete.