*Coluna Semanal – Por Marcus Vinícius Saraiva – 19/05/21
Bem-vindo novamente caro inovador. Seguimos na nossa missão de aproximar você ao ecossistema de inovação.
Você sabia que com uma das melhores radiações solares do Brasil, o Ceará tem ao mesmo tempo, uma das tarifas energéticas mais altas?
Trouxemos hoje um pouco da Sunne, startup cearense que promete revolucionar a forma como você consome e principalmente, paga a sua conta de energia .
Compromisso social e principalmente com o meio ambiente são foco de muitas startups, e é nessa pegada que a Sunne está no mercado. Fundada em 2016 pelo cearense e engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal do Ceará, Yuri Frota, com a proposta de levar energia limpa e renovável para pequenas e médias empresas, a Startup já possui mais de 300 clientes e cresce a passos largos na pandemia.
Estão em negociações para operar em outros estados, mas o plano é concentrar sua atuação na região Nordeste, já que pelas regras do setor elétrico, consumidores e usinas precisam estar na mesma área de concessão
Pra quem concorda que cearense é bicho “abusado”, criar uma empresa que incomoda um mercado bilionário, é controlado por multinacionais e atuam praticamente sozinhos em seus segmentos, a Sunne é a prova de que isso é verdade.
Mas qual o modelo de negócio deles?
A geração de energia distribuída é um ramo a ser explorado, pois, diferentemente das áreas de leilão de energia e do mercado livre, não é dominado por grandes players.
A ideia é usar o modelo de economia compartilhada e conectar usinas de geração de energia de fontes renováveis a consumidores. Eles fecham contratos com os produtores de energia e revendem essa capacidade na forma de créditos que são descontados da conta de luz da concessionária que atende o cliente. A economia pode variar entre 10% e 30%.
Como que eu posso acompanhar o consumo?
Eles também tem um software de gestão oferecido no modelo SaaS para quem é dono de uma fazenda de energia. Os consumidores também podem acompanhar seu consumo de energia pelo sistema.
E dá pra crescer?
xistem muitos imóveis com terras improdutivas, o que abre espaço para a construção de mais usinas. Dá para revender energia para empresas, condomínios e unidades residenciais. O Mercado é gigantesto!
Crescimento acelerado, é isso! A meta é fechar 2021 com receita três vezes maior que ano passado, além de fechar sua primeira rodada de investimento. O objetivo é utilizar o capital para dobrar a equipe atual e atender mais usinas. A expansão para outras praças, como Maranhão, Pernambuco e Bahia, através de marketplace, também está na mira.
É amigos, esse é o ecossistema do Ceará, o Rapadura Valley ganhando cada vez mais espaço no mercado. Gostou? Semana que vem tem mais!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Economic News Brasil.