Os investimentos do Banco Central no Pix não param. Nesta segunda-feira, 29, a ferramenta de transação bancária ganhou mais duas funcionalidades: o Pix Saque e o Pix Troco. A oferta dos dois novos produtos da ferramenta aos usuários é opcional, cabendo a decisão final aos estabelecimentos comerciais, às empresas proprietárias de redes de autoatendimento e às instituições financeiras.
De acordo com o BC, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque ou do Pix Troco em até oito transações mensais.
A partir da nona transação realizada por mês, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do usuário pagador podem cobrar uma tarifa pela transação. O limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20h às 6h).
Por meio do Pix Saque, os usuários podem fazer saques em locais como padarias, lojas de departamento e supermercados. De acordo com informações da Agência Brasil, para ter acesso aos recursos em espécie, o cliente fará um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar à de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code ou do aplicativo do prestador do serviço.
As modalidades são bem parecidas. A diferença é que, no Pix Troco, o saque de recursos em espécie pode ser feito durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total, ou seja, da compra mais o saque. No extrato do cliente aparecerá o valor correspondente ao saque e à compra.
O Pix foi criado em 2020 e teve como principal objetivo incluir a população sem conta bancária no sistema financeiro. Antes da implantação dessa ferramenta, mais de 45 milhões de brasileiros não possuíam conta em banco.