A Americanas iniciou os cortes de trabalhadores envolvidos em suas operações na terça-feira (31). Inicialmente, trabalhadores terceirizados foram dispensados após a varejista encerrar contratos com prestadores de serviços no Rio de Janeiro.
Em Porto Alegre, as demissões afetaram funcionários com menos de um ano de trabalho na empresa, e a próxima etapa será São Paulo, onde a varejista possui o maior número de lojas e centros de distribuição.
A empresa entrou com o processo de recuperação judicial de maneira urgente para evitar o bloqueio de suas contas e inverteu a ordem comumente adotada por empresas nesta situação, pois é usual que as companhias realizem demissões antes de entrar na recuperação judicial. No entanto, as obrigações devidas pelas empresas após o pedido de recuperação judicial devem ser pagas normalmente.
De acordo com estimativas, aproximadamente 45 mil funcionários diretos e 60 mil indiretos da varejista estão envolvidos nos cortes, que são esperados devido à necessidade da empresa reduzir custos. Os cortes serão concentrados nas operações de lojas físicas, incluindo 1800 pontos de venda nos formatos tradicional e Express, mais 79 lojas da rede de hortifruti Natural da Terra.
A Americanas negou as demissões e afirmou que “apenas interrompeu alguns contratos com empresas fornecedoras de serviços terceirizados”.