Vários fundos imobiliários têm enfrentado problemas com devedores, incluindo varejistas que estão em dificuldades financeiras e atrasando o pagamento de aluguéis. No entanto, alguns fundos começaram a receber valores pendentes recentemente. O FII GGR Covepi (GGRC11) recebeu o valor integral referente ao mês de fevereiro e com vencimento em março da Americanas (AMER3), locatária do fundo, mesmo que a empresa esteja em recuperação judicial e com dívidas de mais de R$ 47 bilhões. O GGRC11 aluga para a Americanas um galpão de 89 mil metros quadrados em Uberlândia, Minas Gerais, que representa cerca de 24% da área bruta locável total do fundo. O vencimento do contrato está previsto para setembro de 2027.
Outro fundo, o FII Ourinvest Renda Estruturada (OURE11), também recebeu o valor pendente de um CRI (certificados de recebíveis imobiliários) da Carvalho Hosken Engenharia e Construções, que havia vencido em fevereiro. O valor foi quitado com os respectivos encargos moratórios previstos na operação. O CRI representa 4,4% da carteira do OURE11 e também faz parte do portfólio do FII Ourinvest JPP (OUJP11) e do JPP Capital Recebíveis, que ainda não se manifestaram sobre a quitação da dívida.
Além disso, os FIIs Hectare CE (HCTR11), Versalhes RI (VSLH11) e Devant (DEVA11) também receberam a parcela pendente do CRI Circuito de Compras, que havia vencido em fevereiro e não havia sido quitada. O papel financiou a construção do shopping popular homônimo do título, localizado em São Paulo (SP). Os CRIs são utilizados pelas empresas do setor imobiliário para captar recursos no mercado, onde futuras receitas são embaladas em títulos e vendidos aos investidores, como os FIIs. Estes fundos imobiliários comunicaram a quitação da dívida na quarta-feira (8).
Como funciona o Fundo Imobiliário
Um fundo imobiliário é um investimento coletivo que permite que um grupo de investidores reúna seus recursos para investir em conjunto no mercado imobiliário. O objetivo mais comum é investir na construção ou aquisição de imóveis que serão locados ou arrendados, proporcionando ganhos que são divididos entre os participantes de acordo com a proporção de cada investimento.
As decisões sobre o que fazer com os recursos são tomadas pelo gestor do fundo, mas devem seguir objetivos e políticas predefinidos. É importante lembrar que os investimentos podem ser bem-sucedidos ou não, o que impactará diretamente na valorização ou desvalorização das cotas do fundo.
É fundamental avaliar os riscos e benefícios antes de investir em um fundo imobiliário, já que existem fatores externos que podem afetar o desempenho do fundo, como a vacância dos imóveis e a inadimplência dos locatários. Mesmo assim, os fundos imobiliários são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e negociados na bolsa de valores, oferecendo uma opção de investimento diversificada e acessível.

								
											








