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Recorde histórico: Balança comercial registra maior superávit para março com aumento nas exportações de petróleo, milho e soja

(Foto: Tom Fisk/Pexels)

A balança comercial brasileira atingiu um marco histórico ao registrar o maior superávit para meses de março, impulsionada pelo aumento das exportações de petróleo, milho e soja. Em março de 2023, o país exportou US$ 10,956 bilhões a mais do que importou, um aumento de 37,7% em relação ao mesmo período em 2022. Esse resultado representa o melhor desempenho desde o início da série histórica, em 1989.

Nos primeiros três meses do ano, a balança comercial acumulou superávit de US$ 16,068 bilhões, 29,8% a mais que o registrado no mesmo período de 2022. O saldo acumulado também é o mais alto para o período desde o início da série histórica. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira (3).

Em março, o Brasil exportou US$ 33,06 bilhões e importou US$ 22,104 bilhões. As exportações cresceram 7,5% em relação a março de 2022, registrando um recorde para o mês. As importações, por outro lado, caíram 3,1% no mesmo período. No entanto, devido ao maior número de dias úteis em março deste ano, o valor das importações foi o mais alto da história.

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O aumento das exportações foi impulsionado principalmente pelo crescimento do volume comercializado, mais do que pelos preços internacionais das mercadorias. Em março, o volume de mercadorias exportadas cresceu 18,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto os preços médios caíram 5,6%.

Nas importações, a quantidade adquirida caiu 3,7%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 2,4%. A alta dos preços foi impulsionada principalmente por motores e máquinas não elétricos e compostos químicos, itens que encareceram após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram acentuadamente no ano passado, caíram 24,4% em comparação entre março de 2023 e de 2022.

No setor agropecuário, a recuperação das exportações foi mais influenciada pela retomada de embarques que haviam atrasado em fevereiro do que pela valorização das commodities. O preço médio avançou 3,6% em março na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o volume de mercadorias embarcadas subiu 9,8%. Na indústria de transformação, a quantidade exportada aumentou 4,3%, com o preço médio subindo 1%.

Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada cresceu 57,8%, mas os preços médios recuaram 20,5% em relação a março do ano passado.

O petróleo bruto liderou a alta das exportações, com o volume exportado aumentando 102,7%, apesar da queda de 24,1% nos preços entre março de 2022 e março de 2023. Esse aumento ocorreu devido à retomada das plataformas da Petrobras que estavam em manutenção. Após um ano de altas contínuas, os preços do petróleo estão caindo, uma vez que os efeitos da guerra na Ucrânia e da recuperação econômica após a fase mais aguda da pandemia de covid-19 já foram incorporados às cotações.

Na comparação entre fevereiro do ano passado e deste ano, os produtos com maior destaque na alta das exportações agropecuárias foram arroz com casca (+457,4%), milho não moído, exceto milho doce (+6.138,9%) e soja (+8,9%). O crescimento compensou a queda em outros produtos, como café (-30,2%) e algodão bruto (-62,7%).

Na indústria extrativa, as maiores altas foram registradas nas exportações de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+53,8%) e outros minerais brutos (+131,7%), compensando a queda das exportações de minério de ferro (-19,7%). Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em carnes de aves (+23,1%), açúcares e melaços (+39,8%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (+37,3%).

Em relação às importações, as maiores quedas foram registradas nos seguintes produtos: milho não moído (-84,8%) e soja (-77,1%) na agropecuária; petróleo bruto (-12,6%) e gás natural (-80,2%), na indústria extrativa; e inseticidas e agrotóxicos (-39,3%) e válvulas e tubos termiônicos (-28,5%), na indústria de transformação.

Esses dados demonstram o fortalecimento da balança comercial brasileira e a importância das exportações de petróleo, milho e soja para o desempenho histórico alcançado. A retomada das atividades econômicas e o cenário internacional favorável contribuíram para esse resultado expressivo, gerando otimismo para a economia do país no futuro.

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