De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a criação de empregos formais teve um aumento significativo em março deste ano, com a abertura de 195.171 postos de trabalho com carteira assinada. Esse indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
O resultado de março de 2022 foi 97,6% maior do que o do mesmo mês do ano anterior, quando foram criados 98.786 postos de trabalho com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Além disso, a abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.
No entanto, nos três primeiros meses deste ano, foram abertas 526.173 vagas, um resultado 15% mais baixo do que no mesmo período do ano passado. É importante destacar que a comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. Além disso, a mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Quanto à divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em março. O setor de serviços liderou a estatística, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria de transformação, de extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho.
O nível de emprego também aumentou no comércio, com a abertura de 18.555 postos. Apenas a agropecuária registrou extinção de empregos com carteira assinada em março, com o fechamento de 332 vagas, devido ao fim da safra de vários produtos.