A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) divulgou, na quarta-feira (10/05), o balanço do setor atacadista e varejo com base em dados de 2022. Segundo a pesquisa, o setor registrou um aumento de 17% no consumo, alcançando R$ 701,1 bilhões em vendas totais. Este crescimento reflete a recuperação e a adaptação das empresas a novas demandas de mercado, com destaque para o atacado de autosserviço, que teve um aumento de 23,6% em suas vendas.
Além do desempenho positivo no atacado, outros modelos também apresentaram bons resultados. O atacado generalista com entrega e o distribuidor com entrega cresceram 16,7% e 18,3%, respectivamente. O faturamento total do setor de atacado teve um aumento de 24%, o que demonstra uma recuperação robusta frente aos desafios econômicos de anos anteriores. Os estados de Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo são responsáveis por grande parte desse crescimento.
Desafios no setor atacadista e varejo com a frota própria
Apesar dos resultados positivos, a pesquisa apontou uma queda de 10,1% no número de frota própria do setor. De acordo com Miguel Severini, presidente da Abad, essa redução ocorre devido à preferência das empresas pelo uso de frotas terceirizadas, uma tendência crescente no setor. A racionalização dos custos e a busca por soluções mais eficientes são algumas das razões para essa escolha.
Expectativas para 2023: Resiliência e Promoções
Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), se mostrou otimista quanto aos resultados de 2023. Ele acredita que o ano será marcado pela racionalidade tanto das empresas quanto dos consumidores, com um foco em promover o consumo de forma estratégica. A alta taxa de juros e a inflação são fatores a serem monitorados, mas a recomendação é ativar o consumidor, principalmente por meio de ações promocionais.
Este cenário mostra que o setor atacadista e varejista tem se adaptado, com destaque para o crescimento em modelos de operações mais dinâmicos e eficientes. A expectativa para os próximos anos é de crescimento contínuo, desde que as empresas priorizem inovação e adaptação às demandas do mercado.