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Conversão de crédito em participação societária: alternativa vital para recuperação de empresas

A conversão de crédito em participação societária surge como uma alternativa promissora na busca pela efetiva recuperação de empresas em dificuldades. Esta estratégia, embora não seja novidade, tem ganhado espaço na gestão de empresas com elevado endividamento que supera a sua capacidade financeira, apesar da positiva geração de caixa.

Com um endividamento que supera sua capacidade de pagamento, muitas empresas se encontram numa situação operacionalmente viável, porém financeiramente insustentável. O desequilíbrio que compromete a atividade empresarial nesses casos, se origina não na operação, mas na estrutura do capital, que compromete seriamente a probabilidade de sucesso da recuperação judicial.

Para lidar com essa situação, é crucial diminuir o endividamento. Além da venda de ativos e da maximização da eficiência operacional, essa solução se impõe de duas formas: renegociação de dívida com credores ou conversão de dívida, ainda que parcialmente, em capital social.

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No momento atual, negócios convencionais estão sendo transferidos para investidores financeiros peritos em ativos sob pressão. Eles assumem participação majoritária nesses negócios. O exemplo mais recente é a petroleira Enauta, que agora tem 15,5% de participação na gestora de reestruturação Jive, em um acordo com a ainda controladora Queiroz Galvão.

O mercado de conversão de dívida em participação acionária começou a crescer durante a crise de 2015. Gestoras especializadas em adquirir dívidas de empresas em dificuldades ganharam espaço. Elas assumem os débitos para uma futura troca por ações das companhias, pelas quais bancos e outros credores não têm interesse.

Empresas como Americanas e Light, ambas em recuperação judicial, também estão passando pelo crivo dessas gestoras, conforme publicado pelo Valor. Muitos fundos que detêm as dívidas não têm em seu mandato a possibilidade de carregar ações. O que está acontecendo é que a conversão considerável de dívida em ações está se tornando uma possibilidade, tornando os credores acionistas.

No Brasil, entre os casos reconhecidos de dívidas convertidas estão os da ex-OGX, rebatizada Dommo, e da Iguá (ex-CAB Ambiental), hoje controlada pela IG4.

A estratégia de conversão de crédito em participação societária não só permite a empresas endividadas uma chance de recuperação, mas também abre uma porta para os credores se tornarem stakeholders ativos, compartilhando tanto os riscos quanto os potenciais benefícios da recuperação financeira e valorização das empresas. Essa tendência é esperada para continuar crescendo, desempenhando um papel significativo na paisagem corporativa brasileira.

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