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Quando o homem vence o mar – Por Tales de Sá Cavalcante

Tales de Sá Cavalcante – Reitor do FB UNI, Diretor-Geral da Org. Educacional Farias Brito e Presidente da Academia Cearense de Letras.

“Nós escolhemos ir para a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis; porque esse objetivo servirá para organizar e medir o melhor das nossas energias e habilidades, porque o desafio é um que estamos dispostos a aceitar, um que não estamos dispostos a adiar e um que temos a intenção de vencer, e os outros, também”. Essa citação fez parte de um discurso do ex-presidente dos Estados Unidos John Kennedy, proferido em 12/09/1962. A oração presidencial foi divulgada em muitos lugares, mas não alcançou a bucólica Prainha do Canto Verde, em Beberibe. Lá também não chegou a igualmente histórica frase de Neil Armstrong, ao dar os primeiros passos na Lua: “É um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.”

Ao conversar com o saudoso Raimundo Bidonha, pescador da Prainha, indaguei: “Você acredita que o ser humano chegou à Lua?” A resposta foi: “Não, a gente não pode chegar nas coisas de Deus.” Questionei: “Por que a Lua é coisa de Deus?” Ele respondeu: “E ela num tá no céu?”

Os mais jovens do Canto Verde aceitam a versão da ciência. Os menos jovens não acreditam na “planitude” da Terra, porém resistem à ideia de que alguém da Terra chegou à Lua de Deus.
Ao contemplar a Natureza – que luto para que seja escrita com N maiúsculo –, observei um dos mais belos momentos do nosso litoral: a chegada de uma jangada comandada por heróis que dominam o mar. Numa pescaria além da “risca”, como dizem eles, os heróis dormem num minúsculo porão da embarcação, mas, ao vermos, custa-nos acreditar que alguém durma ali.

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Hoje, a tecnologia possibilita a orientação por GPS, mas antes seu guia eram os “astro”, os “praneta”, como dizem em seu linguajar, e, com o céu nublado, várias medidas das profundidades do mar indicavam o sentido em que se deslocavam. Enfim, não têm a sabedoria científica, mas são sábios em suas artes e muito têm a nos ensinar, em especial, a superar desafios.

Em caso de dificuldades, um bom professor é quem se acostumou a vencer. É quem, sob lua cheia, nova, minguante ou crescente, vence o bravo mar.

*Opinião – Artigo Por Tales de Sá Cavalcante – Reitor do FB UNI, Diretor-Geral da Org. Educacional Farias Brito e Presidente da Academia Cearense de Letras.

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