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Grupo Casas Bahia: ações estreiam novo ticker na Bolsa

Ações Casas Bahia
(Foto: Divulgação)

O Grupo Casas Bahia, conhecido anteriormente como Via, está passando por um momento desafiador. As decisões estratégicas erradas em 2019 e as mudanças no cenário macroeconômico pós-pandemia resultou em uma crise financeira significativa para a empresa. A situação refletiu recentemente em seu follow-on de ações e na forte desvalorização dessas ações na bolsa.

Novo momento na Bolsa de Valores

As ações de emissão da companhia passarão a ser negociadas sob novo código de negociação (ticker) “BHIA3”, em substituição ao código atual “VIIA3”. Na abertura dos negócios desta quarta, as ações da varejista recuavam 2,6%, cotadas a R$ 0,76, por volta das 10h55.

Os fundos de investimentos ficaram com 67,8% das ações no âmbito da oferta subsequente de ações (follow-on) da varejista. Já os investidores estrangeiros ficaram em segundo lugar (15,2%), segundo aviso de fechamento da operação que levantou R$ 622,9 milhões.

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A intenção era arrecadar até R$ 1,8 bilhão em uma oferta de ações para enfrentar seus compromissos de dívida. No entanto, os investidores mostram uma disposição limitada. Além disso, parte das ações foi adquirida por investidores que precisavam cobrir posições vendidas.

A crise

Analisando a situação, percebe-se que a empresa apostou em um projeto de marketplace e em seu próprio canal de vendas online. Essa estratégia demandou grandes investimentos em tecnologia e logística, mas os resultados não corresponderam às expectativas.

O agravamento da crise se deve, em parte, à preocupação de longa data no mercado sobre a capacidade da empresa de pagar sua dívida. Recentemente, a agência de classificação de risco S&P rebaixou o rating da empresa, o que pode ter implicações na liquidação antecipada de dívidas.

A mudança no cenário econômico com o aumento da taxa Selic reduziu as vendas de suas categorias principais. Isso tornou a empresa mais sensível aos juros, uma vez que grande parte de suas vendas é baseada em crédito.

O Grupo Casas Bahia também enfrenta desafios adicionais como a falta de envolvimento do controlador e um posicionamento de mercado desfavorável. A empresa possui uma concentração significativa de vendas em bens de consumo de alto valor, o que a torna mais dependente de vendas a prazo.

Em resposta à crise, a empresa anunciou um plano de reestruturação, incluindo redução de despesas, cortes de investimentos e o fechamento de lojas físicas. Além disso, estão estudando a utilização de créditos fiscais para aliviar sua situação financeira.

Plano de reestruturação

A mudança de nome de Via para Grupo Casas Bahia também faz parte dessa estratégia de reestruturação. A empresa busca conquistar a confiança dos investidores, especialmente pequenos investidores pessoa física que compõem grande parte de sua base acionária. No entanto, a mudança de nome por si só não é suficiente para resolver os problemas financeiros da empresa.

Os analistas têm opiniões diversas sobre o sucesso dessa estratégia. Alguns acreditam que a empresa precisa de resultados operacionais para reconquistar o mercado, enquanto outros sugerem um pedido de recuperação judicial.

O mercado está aguardando ansiosamente os números dos próximos trimestres para avaliar o impacto das medidas de reestruturação. A mudança de nome é positiva, mas a recuperação financeira da empresa dependerá do seu plano de reestruturação e melhora da lucratividade.

 

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