No mercado financeiro desta terça-feira (03/10), o Dólar Comercial registrou avanço de 1,71%, sendo cotado a R$ 5,15; enquanto o Dólar Turismo se elevou em +1,573%, alcançando R$ 5,359. Adicionalmente, o Euro apresentou alta de 1,638%, chegando a R$ 5,398; a Libra elevou-se em +1,77%, atingindo R$ 6,227; o Peso Argentino teve crescimento de +1,72% e o Bitcoin apreciou +1,23%.
Envolto em um cenário de leves turbulências, o Ibovespa não se desvencilhou da corrente norte-americana, sofrendo uma queda de 1,42% e estacionando em 113.419 pontos.
Mercado de Ações: Resumo das Variações
+ ALTAS:
- Natura: +2,97%
- Fleury: +2,17%
- Suzano: +1,96%
- JBS: +0,67%
- Klabin: +0,59%
+ BAIXAS:
- Magazine Luiza: -8,46%
- Casas Bahia: -7,94%
- Petz: -6,52%
- Hapvida: -5,47%
- Azul: -5,45%
As bolsas americanas fecharam em queda de 1,37%, com destaque para os índices em Nova York: Dow Jones, com -1,29% (33.003 pontos); S&P 500, com -1,37% (4.229 pontos); e Nasdaq, com -1,87% (13.059 pontos).
Os investidores, atentos às nuances do mercado de trabalho norte-americano, que recentemente abriu mais vagas do que o previsto pelos economistas, esperam que os juros básicos dos Estados Unidos se mantenham elevados por mais tempo devido à inflação elevada, o que naturalmente interfere nas ações e moedas em escala global.
A instabilidade, no entanto, não é exclusiva do mercado norte-americano. O cenário brasileiro também se apresenta alvoroçado, especialmente com a movimentação da Câmara dos Deputados, que nesta semana votará um projeto de lei que propõe a tributação das empresas offshore, objetivando alavancar a arrecadação em 2024 e, assim, vislumbrar a eliminação do déficit fiscal.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial do Brasil evidenciou uma elevação de 0,4% em agosto, se comparada ao mês precedente. Este acréscimo mitiga, em parte, a diminuição de 0,6% observada no mês anterior, conforme indicado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Quando comparada ao mesmo período do ano passado, a indústria demonstrou um aumento de 0,5%, contrabalanceando a retração de 1,1% ocorrida em julho e que havia posto fim a dois meses de taxas positivas sequenciais. As oscilações no setor imobiliário chinês têm causado reverberações nos mercados globais, influenciando negativamente as perspectivas para a segunda maior economia do planeta. A conjuntura econômica da China enfrenta ameaças não apenas devido às instabilidades em seu setor imobiliário, mas também em virtude do decréscimo nas exportações e da elevada taxa de desemprego entre os jovens.
No panorama político-econômico, o presidente Lula sancionou, sem vetos, o projeto de lei do Desenrola, que prevê um teto para os juros do rotativo do cartão, ressaltando assim um contraponto às estratégias fiscais que vêm sendo desenvolvidas.