Desenvolvida em parceria pelo Ministério da Fazenda e pela B3, a bolsa de valores brasileira agora terá um novo propósito: possibilitar a renegociação de dívidas de pequenos produtores rurais. A revelação foi feita na noite de segunda-feira (23) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após um encontro com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
O ministro Haddad anunciou a adaptação da plataforma existente, originalmente usada para leiloar descontos no Desenrola, para servir às necessidades do Ministério do Desenvolvimento Agrário no futuro. Ele explicou: “A plataforma é um ativo que pode ser mobilizado para outras renegociações. Então, disponibilizei ao MDA a mesma tecnologia construída para o atual Desenrola.” Embora a plataforma não esteja disponível no momento devido à terceira fase do Desenrola, que oferece descontos para dívidas de até R$ 5 mil para aqueles que ganham até dois salários mínimos, Haddad assegurou que essa ferramenta tecnológica será estendida para beneficiar os pequenos produtores rurais.
Na atual etapa do Desenrola, que está em vigor desde o início do mês, nove setores podem desfrutar de descontos médios de 83% em suas dívidas, incluindo serviços financeiros, securitizadoras, varejo, energia, telecomunicações, água e saneamento, micro e pequenas empresas, além de educação. Em alguns casos, os descontos ultrapassaram esse valor, variando de acordo com a atividade econômica.
A plataforma para renegociação está prontamente acessível no site do programa. Para utilizar o serviço, o consumidor deve possuir um cadastro no Portal gov.br, com uma conta de nível prata ou ouro, além de manter seus dados cadastrais atualizados. Após o cadastro, o devedor pode selecionar uma instituição financeira ou empresa participante no programa para iniciar o processo de renegociação. As dívidas são listadas por ordem de desconto, permitindo que o devedor escolha o número de parcelas e efetue o pagamento de forma conveniente.
