Em uma reunião pública realizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), a educação profissional e tecnológica foi o tema central. A discussão contou com a participação do executivo Paulo André Holanda, Diretor Regional do SENAI Ceará, que trouxe dados relevantes e insights sobre a relação entre educação e indústria.
Presidida por Luiz Roberto Liza Curi e moderada por Elizabeth Guedes, a mesa redonda reuniu autoridades como Jucineide Fernandes, Samuel Brasileiro Filho, Ricardo Henriques e Alexandre Martins Vidor. Iniciando o diálogo, Luiz Curi apontou para os desafios sociais enfrentados pelo Brasil, como desemprego e desigualdade, ressaltando a importância da educação como ferramenta de mudança. Segundo dados de 2021, o Brasil apresenta 6,5 milhões de jovens de 15 a 24 anos desempregados e fora da escola, um número alarmante em comparação a outras faixas etárias.
Paulo André Holanda destacou o papel da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e suas instituições (SESI, SENAI e IEL) no cenário educacional. Com mais de 550 escolas do SESI, 600 do SENAI e 580 unidades móveis, a infraestrutura para a educação profissional é vasta. Holanda também citou um estudo do mapa do trabalho industrial, revelando que o Brasil necessitará qualificar cerca de 10 milhões de trabalhadores para a indústria até 2025. Paralelamente, o Índice de Analfabetismo Funcional (INAF) atinge 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos, sublinhando a necessidade de políticas públicas eficazes e estratégicas na educação.
“Aqui na FIEC, na gestão do presidente Ricardo Cavalcante, temos importantes ações, testadas e comprovadas, voltadas à educação básica e ao técnico profissionalizante. Temos também o Conselho Temático de Inovação e Tecnologia (Cointec), onde mensalmente abordamos temas relacionados à educação, com participação da Academia, do governo, do setor produtivo e das instituições de fomento, com a finalidade de que pesquisas e inovação sejam aplicadas nas indústrias e para a população”, completou.
O encontro, que durou até 09/11, debateu temas como “Plano Nacional de Educação”, “Políticas Sociais na Educação Básica”, “Expansão, Regulação e Avaliação da Educação Superior”, além dos desafios específicos da educação profissional e tecnológica.
