No primeiro dia como presidente eleito, Javier Milei, vitorioso com 55,7% dos votos na Argentina, gerou movimentações no mercado. Os ADRs da YPF dispararam mais de 30% em Nova York após suas declarações sobre privatização. O “cripto dólar” mostrou forte valorização, atingindo 1.200 pesos, refletindo a visão de Milei sobre a dolarização da economia.
Analistas observam o impacto nas empresas brasileiras com exposição na Argentina. O Bradesco BBI destaca o Banco do Brasil, alertando para o possível impacto de uma desvalorização cambial na subsidiária internacional Banco Patagonia S.A. Empresas de transporte e bens de capital, como Mahle Metal Leve e Marcopolo, estão entre as mais expostas, com a perspectiva de desvalorização cambial afetar a rentabilidade.
Além disso, companhias aéreas, como Azul e Gol, têm exposição a voos internacionais para a Argentina, enquanto operadoras de turismo, como CVC, podem enfrentar impactos devido à desvalorização cambial. O Morgan Stanley já havia destacado varejistas brasileiras, como Natura&Co e Mercado Livre, com exposição ao mercado argentino.