Impacto nas empresas brasileiras com eleição de Javier Milei

O mercado acionário argentino teve alta de quase 23%, a melhor desde 1992, após a eleição de Javier Milei. Ações lideradas por empresas de energia. Milei reafirma planos de privatização, e o mercado cambial também reage, com o peso oficial fechando em 1.075 pesos para venda.
Foto: Energepic/Pexels

No primeiro dia como presidente eleito, Javier Milei, vitorioso com 55,7% dos votos na Argentina, gerou movimentações no mercado. Os ADRs da YPF dispararam mais de 30% em Nova York após suas declarações sobre privatização. O “cripto dólar” mostrou forte valorização, atingindo 1.200 pesos, refletindo a visão de Milei sobre a dolarização da economia.

Analistas observam o impacto nas empresas brasileiras com exposição na Argentina. O Bradesco BBI destaca o Banco do Brasil, alertando para o possível impacto de uma desvalorização cambial na subsidiária internacional Banco Patagonia S.A. Empresas de transporte e bens de capital, como Mahle Metal Leve e Marcopolo, estão entre as mais expostas, com a perspectiva de desvalorização cambial afetar a rentabilidade.

Além disso, companhias aéreas, como Azul e Gol, têm exposição a voos internacionais para a Argentina, enquanto operadoras de turismo, como CVC, podem enfrentar impactos devido à desvalorização cambial. O Morgan Stanley já havia destacado varejistas brasileiras, como Natura&Co e Mercado Livre, com exposição ao mercado argentino.

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