Na última eleição, Javier Milei, figura ultraliberal, conquistou a presidência da Argentina com mais de 55% dos votos. Assim, o mercado financeiro observou um impacto imediato, especialmente nas Ações de Depósito Americano (ADRs) de empresas argentinas listadas na Bolsa de Valores de Nova York, que apresentaram um salto expressivo de mais de 17% antes da abertura dos mercados.
O setor de energia liderou as altas, com a estatal YPF ganhando destaque ao ver seus papéis avançarem mais de 24%. Nesse sentido, empresas como Pampa Energía, Central Puerto e TGS também apresentaram ganhos significativos. No segmento financeiro, o mercado negociou em alta os papéis dos bancos, incluindo Banco Macro, Grupo Financiero Galicia, BBVA Argentina e Grupo Supervielle, indicando uma reação positiva à eleição de Milei.
Conhecido por suas ideias ultraliberais, Milei defende a dolarização da Argentina, o fim da moeda local (peso) e o fechamento do Banco Central. Seus planos incluem a redução do tamanho do Estado, cortes em gastos com aposentadorias, privatizações de empresas públicas e reformas tributária e trabalhista. Apesar das propostas controversas, Milei adotou um tom mais moderado em seu primeiro discurso oficial, evitando abordar temas polêmicos e buscando uma transição menos turbulenta. O mercado agora observa atentamente as movimentações globais para avaliar as implicações da vitória de Milei na Argentina.