O Brasil alcançou um superávit comercial recorde em novembro, graças à diminuição nas importações de combustíveis e compostos químicos, e à safra excepcional de soja. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revelou que o superávit atingiu US$ 8,776 bilhões, marcando o melhor resultado para novembro na série histórica iniciada em 1989.
Em 2023, o superávit comercial acumulado do Brasil já soma US$ 89,285 bilhões, ultrapassando o recorde anterior de US$ 61,525 bilhões registrado no ano passado. Este desempenho é atribuído à estabilidade nas exportações e acentuada queda nas importações, principalmente de petróleo e derivados.
A safra de soja, um dos principais produtos de exportação do Brasil, teve um papel crucial neste cenário. As exportações de soja aumentaram significativamente, com um crescimento de 105,8% no volume embarcado, apesar de uma redução de 14,5% no preço médio.
Outros setores também contribuíram para este desempenho. Na indústria extrativa, minérios de ferro e pedra tiveram aumentos notáveis em quantidade e valor. Por outro lado, a indústria de transformação viu um aumento nas exportações de açúcares e farelo de soja.
No setor de importações, houve redução significativa em produtos como trigo, milho e borracha natural. A guerra entre Rússia e Ucrânia ainda influencia o mercado, especialmente nas compras de fertilizantes, que apresentaram um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior.
As projeções do governo para 2023 são otimistas, prevendo um saldo positivo recorde de US$ 93 bilhões para o ano, superando as estimativas do mercado financeiro.