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Tratamentos para autismo e TGD superam custos com câncer

tratamento autismo e TGD
(Foto: Pexels/Mikhail Nilov).

Os tratamentos para autismo e TGD (transtornos globais de desenvolvimento) estão gerando um impacto crescente no mercado de planos de saúde, com gastos se aproximando dos custos tradicionalmente elevados da oncologia. Empresas de vários portes relatam um aumento significativo nas despesas com essas terapias, conforme indicado por entidades do setor.

Uma pesquisa da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) mostrou que, em 2023, os custos com terapias para TEA (transtorno do espectro autista) e TGD ultrapassaram 9% do total de despesas médicas, superando os 8,7% dos tratamentos oncológicos. Anteriormente, tais tratamentos representavam menos de 2% das despesas.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) introduziu mudanças regulatórias em 2021, estabelecendo que pacientes com TEA teriam direito a sessões ilimitadas com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Em 2022, a cobertura foi ampliada para incluir qualquer método ou técnica médica recomendada para pacientes com TGD.

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Posteriormente, a ANS expandiu o rol de cobertura, permitindo sessões ilimitadas para todos os usuários de planos de saúde, independentemente da doença ou condição. Dados recentes da agência mostram um aumento significativo no número de sessões e consultas em áreas como fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional, impulsionadas principalmente pelos diagnósticos de TGD e TEA.

Essas normas são baseadas na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), abrangendo condições como autismo infantil e síndrome de Rett. As operadoras também devem aceitar prescrições baseadas na CID-11. A versão mais recente do documento da OMS (Organização Mundial de Saúde), apesar de não ser obrigatória no Brasil.

Esforços dos setores públicos e privados

O aumento dos custos associados ao tratamento do TEA e TGD reflete uma mudança significativa na percepção e no diagnóstico dessas condições. Nos últimos anos, houve um esforço global para melhorar o reconhecimento e o entendimento do espectro autista, resultando em diagnósticos mais frequentes e precoces. Isso, por sua vez, levou a uma maior demanda por tratamentos especializados e contínuos, incluindo terapias comportamentais e educacionais. Esses tratamentos, embora vitais para o desenvolvimento e bem-estar dos indivíduos afetados, são notavelmente caros e intensivos em recursos.

Além dos custos diretos com saúde, o impacto econômico do aumento de diagnósticos de TEA e TGD estende-se também às famílias e à sociedade em geral. Famílias com membros no espectro autista frequentemente enfrentam desafios financeiros adicionais, incluindo a necessidade de cuidados especiais e ajustes no estilo de vida. Do ponto de vista social, há uma necessidade crescente de programas de apoio e inclusão, tanto educacionais quanto profissionais, para garantir que indivíduos no espectro possam viver de forma independente e produtiva.

Diante deste cenário, tem-se observado a necessidade de implementação de políticas mais abrangentes e inclusivas tanto no setor público quanto no privado. Governos e organizações de saúde estão sendo chamados a revisar suas políticas para acomodar as necessidades crescentes dessa população. Isso inclui o aumento do financiamento para pesquisa e desenvolvimento de novas terapias. Além disso, abrange a promoção de programas de conscientização e treinamento para profissionais da saúde, educadores e a sociedade em geral.  De modo a assegurar uma abordagem mais holística e eficaz nos tratamentos para autismo e TGD.

 

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