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Maduro aumenta em 43% o salário mínimo da Venezuela

salário mínimo Venezuela
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda (15/01), um aumento significativo de 43% no salário mínimo. Essa medida, anunciada em um contexto de crescente descontentamento público, visa aplacar os protestos de funcionários públicos antes das eleições presidenciais iminentes. Embora a data das eleições ainda não esteja definida, a tensão política é palpável.

O ajuste eleva o salário-base para menos de US$ 4 mensais. Apesar do valor ainda ser baixo, Maduro complementou a iniciativa com a promessa de um bônus mensal de US$ 60 e um vale-refeição de US$ 40. Anteriormente, a soma dos rendimentos mínimos não ultrapassava US$ 70. A medida é um esforço para aliviar as pressões econômicas enfrentadas pelos trabalhadores venezuelanos.

Além disso, Maduro destacou um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela em 2023, com uma projeção otimista de 8% para o corrente ano. Esses números, celebrados por políticos do governo, contrastam com um passado de colapso econômico. Entretanto, essa recuperação é vista com cautela devido à fraca base de comparação dos anos anteriores.

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Em contrapartida, o Observatório Venezuelano de Finanças, uma entidade independente, estima que a inflação em 2023 atingiu 193%. Essa melhora relativa, comparada com anos anteriores de hiperinflação, deve-se parcialmente à dolarização informal da economia e ao aumento da produção petrolífera, impulsionada pela suspensão de algumas sanções americanas.

Neste cenário político-econômico, Nicolás Maduro se prepara para buscar um terceiro mandato nas próximas eleições presidenciais. Apesar de estar atrás da líder da oposição, María Corina Machado, nas pesquisas de opinião, ele aposta no aumento do fervor nacionalista, reacendendo uma antiga disputa de fronteira com a Guiana.

Protestos e desafios no Governo

Por outro lado, os professores e funcionários públicos têm se manifestado em todo o país, exigindo salários mais altos. Antes do anúncio do aumento, a presidente da Federação de Professores, Carmen Márquez, enfatizou a necessidade de um aumento salarial substancial, argumentando que um salário mensal acima de US$ 550 seria necessário para que os funcionários pudessem adquirir bens básicos.

Embora o aumento salarial e os bônus adicionais prometidos por Maduro representem um alívio para os trabalhadores, eles continuam a ser insuficientes para atender às necessidades básicas da população. A situação econômica da Venezuela permanece desafiadora, com a inflação ainda alta e a produção de petróleo abaixo do potencial.

Diante desses desafios, o governo venezuelano se esforça para mostrar uma imagem de recuperação e estabilidade econômica. No entanto, a realidade enfrentada pelos cidadãos comuns reflete um cenário de dificuldades e incertezas, especialmente no contexto das eleições presidenciais que se aproximam.

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